Docentes denunciam prefeitura por sete escolas fechadas

  • Redação
  • 05/03/2013 06:06
  • Interior

Um grupo de professores da rede pública municipal de ensino de Belo Monte procurou a reportagem do portal Minuto Sertão para denunciar o fechamento de sete escolas municipais da zona rural do município. Conforme os profissionais, a decisão da secretaria municipal de educação, vai deixar outras escolas superlotadas e pais de alunos pretendem afastar os filhos dos estudos devido às novas dificuldades de locomoção.

Foram fechadas as escolas municipais Nossa Senhora dos Prazeres (povoado Barra do Ipanema), Noé Freire (povoado Jacobina), Úrsula da Silva (povoado Tapera), Escola do Itamaraty (povoado Itamaraty), Padre Reginaldo (povoado Maria Preta), São José (povoado Pé Leve – Fone) e 12 de Outubro (povoado Linha).

Em conversa com nossa reportagem, um dos professores que não quis se identificar, temendo represálias, contou que os estabelecimentos de ensino fechados funcionavam sem nenhum problema há mais de 20 anos e que facilitava a vida dos estudantes da zona rural, muitos que agora vão ter que se locomover cerca de 20 km até uma das escolas em funcionamento, outros ainda têm que atravessar, através de canoas, um trecho do Rio São Francisco para puder chegar ao ponto dos carros escolares.

O profissional ainda relatou que com o fechamento das escolas, Belo Monte ficou apenas com seis prédios escolares, sendo cinco do município e um do Estado, este último fechado para reforma. O fechamento das escolas também gerou outro problema que é a superlotação das salas de aula, maioria está com cerca de 40 alunos, sendo necessários dois professores para tentar conduzir as atividades, prejudicando assim a qualidade de ensino e o bom desempenho do corpo docente.

Os educadores disseram que a explicação da secretária municipal de educação, Josicleide Branco Amorim, é vaga. Ela teria dito que todas as escolas que tivessem apenas de três a quatro salas seriam fechadas para economizar recursos gastos com transporte escolar e na contratação de monitores. Amorim ainda teria dito que os alunos dos estabelecimentos de ensino teriam que ser remanejados para outras escolas, mesmo já tendo sido matriculados nas que foram fechadas.

Os denunciantes informaram que o ano letivo começou nesta segunda-feira (4) e muitos pais, principalmente de crianças com idades entre três e sete anos, pretendem deixar seus filhos fora da sala de aula devido às dificuldades no transporte escolar para as localidades que são muito distante de suas residências.

O portal Minuto Sertão apurou que estes pais de alunos procuraram o Ministério Público da comarca local para denunciar e pedir soluções para o caso.

Tentamos contato com a secretaria de educação, mas nossas tentativas de telefonemas não foram atendidas, inclusive um número de telefone móvel direcionava para a caixa de mensagens. Também tentamos contato com a prefeitura, mas em vão. Ninguém nos atendeu.