Gestante e bebê morrem e familiares acusam hospital de descaso
- Redação
- 09/04/2013 07:26
- Interior
Uma mulher grávida de nove meses morreu na última quinta-feira (04), no Hospital Municipal Djalma Gonçalves, em Pão de Açúcar. Em janeiro deste ano, ela descobriu um tumor na cabeça, mas não conseguiu atendimento público e teve que depender de arrecadações para fazer exames. Segundo parentes e amigos mesmo tendo a ciência do problema da paciente, os médicos do hospital foram negligentes, o que provocou a morte de mãe e bebê.
Quitéria dos Santos, 32 anos, começou a sentir dores e perder alguns movimentos. Em janeiro, ela teria procurado atendimento por diversas vezes, mas o problema vinha sendo ignorado. Solidarizados com a situação da gestante, parentes e vizinhos iniciaram uma campanha de arrecadação de dinheiro para que a mulher conseguisse ser atendida de forma particular e fazer um exame de ressonância.
Uma semana antes de dar entrada no hospital o estado de Quitéria começou a piorar. Ela voltou a procurar ajuda médica, mas foi colocada no soro e posteriormente liberada.
Na última quarta-feira (03) ela não conseguia mais resistir as fortes dores e procurou novamente o hospital do município. No mesmo dia, o exame de ressonância feito na cidade de Arapiraca indicou que a paciente deveria ser encaminhadas imediatamente ao Hospital do Açúcar, em Maceió. No entanto, os funcionários do hospital da cidade ficaram repassando a responsabilidade da transferência, a paciente não resistiu e morreu na madrugada do dia (04).
Familiares estão indignados, assim como toda a população. Eles ressaltam que sabiam da situação de Quitéria, mas questionam que se a mesma não iria conseguir sobreviver em decorrência do tumor que pelo menos algo fosse feito para salvar a vida do bebê.
Além do drama vivido com a morte da gestante e do bebê, o marido de Quitéria está desempregado e doente e não encontra condições para cuidar dos quatro filhos do casal um de um ano, outro de três, quatro e seis.
A campanha para salvar a vida da mulher agora passar a ser para arrecadar dinheiro, alimentos e matérias para as crianças. Nos próximos dias a família e amigos pretendem acionar o Ministério Público Estadual para que a responsabilidade da morte de Quitéria e o bebê sejam investigadas.
Até o momento o hospital não se pronunciou sobre o assunto.
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