Mesmo com as chuvas que caíram em algumas regiões do estado nos últimos dias, a estiagem continua a levar prefeitos a decretarem situação de emergência. Nesta quarta-feira (15) o Diário Oficial do Estado as prefeituras de Cajueiro e Santana do Ipanema, localizadas na Zona da Mata e Sertão alagoano, respectivamente, entraram para a lista de cidades que sofrem com os efeitos da seca.

Lucila Régia Albuquerque Toledo, prefeita de Cajueiro afirma no decreto que a falta de chuvas regulares na região ocasionou perdas e diminuição da capacidade de exploração das lavouras na zona rural do município. ”Na zona rural, os reservatórios naturais, poços, arroios e sangas estão secando totalmente, resultando em danos materiais, prejuízos econômicos e sociais”, afirmou.

Situação semelhante também levou o prefeito José Mário da Silva, de Santana do Ipanema, a decretar situação de emergência. “O índice pluviométrico registrado nos últimos meses foi insu?ciente para amenizar a situação da estiagem neste município, indicando a persistente falta de água nos reservatórios hídricos locais, causando inquestionável impacto econômico negativo através do prejuízo nas safras agrícolas e na produção pecuária da região e a precariedade da oferta de água para subsistência da população do município de Santana do Ipanema, colocando em risco seu bem-estar”, escreveu.

Os decretos terão validade de 90 dias, podendo ser prorrogados. Neste período, ficam autorizados a mobilização de todos os órgãos estaduais, que serão coordenadas pela Defesa Civil municipal.

Reunião em Brasília trata da seca

Nesta terça-feira (14), o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Marcelo Beltrão esteve reunido com o presidente do senado, Renan Calheiros e outras associações municipais do Nordeste. Os presidentes das associações entregaram um documento intitulado ‘Carta do Nordeste’, que detalha as reivindicações sobre o combate à seca.

O presidente da Confederação Nacional dos Municpipios (CNM), Paulo Ziulkoski também participou da reunião e disse que 92% dos municípios nordestinos estão em situação pré-alimentar. “Sabemos que a seca é um problema ancestral, mas agora os prefeitos estão tomando o protagonismo em nível de forma estruturante”, afirmou.