Modelo que estava desaparecida há um ano é natural do Sertão de Alagoas, trabalhou em Nova York e foi encontrada em situação de rua no RJ

  • Redação com Extra
  • 09/10/2020 00:24
  • Notícias
Thaís Sousa

Depois da temporada em Nova York e da mudança para o Rio, Eloisa Fontes tentou retomar a carreira de modelo no país. Ela chegou a fazer contato com uma agência de São Paulo, que a representaria no mercado brasileiro. Era março, e a pandemia não permitiu que a parceria fosse formalizada.

De acordo com a Joy Models, que tem escritórios na capital paulista e em Porto Alegre, foi a própria Eloisa que procurou a empresa por email, pedindo que seu portifólio fosse avaliado.

"Depois disso, fizemos uma vídeo-chamada, onde ela se apresentou, também virtualmente. Uma linda mulher, por isso confirmamos a ela nosso interesse em representá-la no mercado do Brasil e a termos em nosso site e elenco", diz a nota.

Natural de  Piranhas, Sertão de Alagoas, Eloisa, de 26 anos, no entanto, nunca chegou a realizar nenhum trabalho através da Joy Model. Além do impedimento pela pandemia, a modelo alagoana pediu que a empresa aguardasse, pois teria compromissos em Nova York e na Alemanha, mas avisaria quando estivesse disponível para atuar no Brasil.

Não há, porém, nenhuma evidência de que a modelo tenha deixado o Rio de Janeiro durante a pandemia.

Apesar da parceria não ter sido formalizada, é possível encontrar fotos de Eloisa Fontes no site da Joy Model. Na nota, a empresa prestou solidariedade à modelo alagoana.

"Nos solidarizamos profundamente com Eloisa e sua família e seguimos à disposição para que tenha uma plena recuperação", conclui a Joy Model.

 

Cartas de recomendação

 

No auge da carreira, Eloisa brilhou nas passarelas de grandes grifes, como a Dolce & Gabbanna, Armani e Emporio Armani, estrelou campanhas e estampou capas das mais conceituadas revistas de moda do mundo. No Rio, mesmo em situação de rua, a alagoana sempre carregou consigo uma mochila com documentos, entre eles a carteira de trabalho original, e o principal: cartas de referências de fotógrafos internacionais. Ela não perde a esperança de voltar a trabalhar como modelo

— Ela sempre anda com uma mochila, que tem a vida dela lá. Eu fui até o apartamento do namorado para buscar e trazer para minha casa. Quando abri, vi que tinha a carteira do trabalho original, cópia da identidade e do passaporte. Há cópias de contratos internacionais com agências da Alemanha, da Romênia, de Nova York. Tinha cartas de referências de fotógrafos famosos, tudo em inglês, romeno e alemão — conta Francisco Assis, amigo da família e único conhecido deles no Rio.