Alagoas apresenta indícios de controle da transmissão do novo coronavírus, aponta relatório

  • G1 AL
  • 14/10/2020 02:29
  • Notícias
Alissa Eckert, MS; Dan Higgins, MAM/CDC/Handout via Reuters

Os números da pandemia em Alagoas revelam indícios de controle da transmissão do novo coronavírus, apesar do pequeno aumento de mortes. A informação consta no relatório divulgado nesta terça-feira (13) pelo Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Na 41ª Semana Epidemiológica, de 4 a 10 de outubro, o estado teve a menor incidência de casos do país, 25,8 casos para cada 100 mil habitantes. A segunda menor incidência foi a de Pernambuco (38,18) e a maior foi registrada em Roraima (188,52).

 

 

O estudo afirma que, após uma sequência de aumentos de novos casos, esta foi a segunda semana consecutiva de queda em Alagoas, com 862 novos casos. Contudo, o aumento no número de mortes ainda deixa os pesquisadores apreensivos.

"Com 41 óbitos, tivemos um aumento de duas mortes quando comparado com a 40ª SE. Assim, apesar da expressiva queda no número de casos, a interrupção nas duas últimas semanas da longa sequência de queda no número de óbitos faz com que o estado não atinja todos os critérios indicados pelo Subcomitê de Epidemiologia do C4NE quanto às evidências de controle na transmissão, que sugere um período mínimo de quatorze dias para essa análise", diz trecho do relatório.

A folga na taxa de ocupação de leitos exclusivos para atendimento de pessoas com suspeita ou confirmação da Covid-19 também é apontada pelos pesquisadores como outro indício de controle da pandemia no estado.

"A ocupação de leitos de UTI no último dia 08 era de 37%, sendo 33% em Maceió e 43% no interior. Incluindo os leitos de UTI intermediária, a situação é ainda mais confortável, com uma ocupação de 30%. Em qualquer situação, este quesito está bem abaixo do limite indicado, de 70%", destaca o Observatório.

Alerta para casos suspeitos de Covid-19

O relatório do Observatório chama atenção, porém, para "possíveis interferências que gargalos relacionados à política de testagem podem gerar nestes resultados" e o aumento recorrente no número de casos suspeitos.

Para isso, cita o boletim epidemiológico do último domingo (11), que tinha 2.832 casos à espera do resultado de testes laboratoriais. Um dia antes, eram 2.676 casos suspeitos. Nesta terça, porém, esse número caiu para 2.620.

Por outro lado, dizem os pesquisadores, "apesar da queda contínua no número de testes realizados, a proporção de resultados positivos continua diminuindo".

Nos primeiros oito dias de outubro, 11% dos exames realizados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) tiveram resultados positivos. No final de julho, essa taxa estava próxima de 31% e já tinha caído para 17% no final de agosto.