Vídeo: Jornal Nacional mostra situação da Seca que assola o Sertão de Alagoas

  • Igor Ribeiro com G1
  • 15/03/2022 17:33
  • Cidades
G1
Vídeo: Jornal Nacional mostra situação da Seca que assola o Sertão de Alagoas
Vídeo: Jornal Nacional mostra situação da Seca que assola o Sertão de Alagoas

O Jornal Nacional, da Rede Globo, mostrou na noite desta segunda-feira (14), a situação vivenciada pelos sertanejos do Estado de Alagoas. A seca atinge cerca de 39 municípios dentre esses os municípios situados na região do sertão são os mais afetados com a estiagem. 

Dezenas de cidades alagoanas estão sofrendo os efeitos da seca. Na terra seca, não tem comida. Os animais sofrem com os efeitos da estiagem. "Quando falta de comer para os bichinhos, a gente tem que caçar um jeito de serrar uns capinzinhos onde tem e botar para os bichos comerem", conta o agricultor Cícero Soares dos Prazeres. 

Dos nove estados do Nordeste, oito têm municípios em situação de emergência por causa da seca ou estiagem. Apenas o Maranhão não enfrenta a falta d'água no campo. Em Alagoas, são 39 com decreto reconhecido pelo governo federal.

"Chove uma pequena quantidade, pode até deixar a vegetação verde, porém, não tem água suficiente para encher as cisternas, não tem água suficiente para encher os açudes, não tem água suficiente para trazer vida ao local”, explica major Rômulo Guedes, assessor-técnico da Defesa Civil do Alagoas.

A população rural do semiárido brasileiro depende cada vez mais do abastecimento por carros-pipa. É um alívio para a família do Lucas quando a água chega à cisterna.

"Rapaz, estava seco, seco. Não dava para fazer nem um café, não tinha", diz o agricultor Lucas Antônio Félix.

O Canal do Sertão Alagoano, que leva água do rio São Francisco, melhorou o abastecimento na região. É dele também que os carros-pipa retiram a água. Só que a ajuda está longe de atender às necessidades dos povoados à beira do canal, muitos não possuem água encanada.

Os agricultores ainda esperam por irrigação para plantar. Tão perto da água, em Pariconha, o canal está a 500 metros, mas a produção de alimentos continua dependendo da chuva, cada vez mais escassa.

Mesmo pertinho, eles não conseguem levar a água para as suas propriedades. Falta dinheiro.

"Se a água passa perto, a gente não tem condições de fazer uma irrigação para puxar para uma rocinha que a gente plante", lamenta o agricultor Ernando dos Santos.

A Secretaria de Agricultura de Alagoas disse que existem mais de mil produtores com autorização de uso da água do canal para irrigação e consumo, e que vai distribuir em breve kits de irrigação para agricultores familiares.

Por enquanto, toda a confiança deles está nas chuvas que prometem chegar no outono e no inverno.

Bastam 15 minutos de chuviscos para a alegria tomar conta de quem vive na região mais seca do país.

"Muito feliz, porque sem água a gente não passa. Só passa com a água", comemora o agricultor Manoel Pedro da Silva.

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