Negromonte garante apoio ao candidato de Jaques Wagner nas eleições de 2014

  • Tribuna da Bahia
  • 26/06/2013 10:48
  • Minuto Paulo Afonso

Com as eleições do próximo ano, as alianças e promessas de lealdade se intensificam, por parte dos aliados do governador Jaques Wagner. Contudo, ressalta-se que a falta de papas na língua realmente parece ser uma característica direcionada ao progressista João Leão. Durante entrevista exclusiva à Tribuna, o membro da direção estadual do PP sinalizou uma possível independência do partido e afirmou desacreditar que Geddel Vieira Lima, presidente estadual do PMDB, tenha condições de unificar a oposição. Diante das declarações de Leão, nessa terça-feira (25/6), aliados e opositores do governo minimizaram as questões levantadas pelo futuro presidente da sigla na Bahia.

Apesar de pertencer a um partido aliado ao governo, João Leão deixou claro que existe a possibilidade de o PP não marchar com o candidato de Wagner, caso o governador não coloque o partido na chapa majoritária. “Se não nos derem nada, nós vamos procurar nosso caminho. Qualquer caminho. O PP tem dois candidatos potenciais que podem ser candidatos a governador. O deputado Mário Negromonte seria um excelente candidato. O deputado João Leão pode ser candidato. Se não tiver, nós vamos partir para o risco”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de uma futura independência do partido, o deputado Mário Negromonte preferiu não compartilhar da mesma ideia do colega de partido e minimizou as declarações. “Não vou confirmar essa frase do João Leão. O governador sabe e todos os partidos sabem que teremos um espaço na majoritária, pela nossa lealdade e tamanho. Estamos trabalhando com cautela e equilíbrio, sem atropelar ninguém. Estivemos juntos com o governador e temos consciência que ele vai ser o condutor oficial do processo, mas ainda é tudo muito cedo”.

Ele ressaltou ainda que as últimas manifestações brasileiras e a reforma política proposta pela presidente Dilma Rousseff são os assuntos mais importantes do momento. “Li a matéria da Tribuna e achei graça quando ele citou meu nome para a chapa majoritária, mas ainda é prematuro discutir essas coisas. Primeiro precisamos fechar um acordo com os movimentos sociais e organizar a reforma política da presidente”.

Apesar de o progressista afirmar que o presidente estadual do PMDB, Geddel Vieira Lima, não tinha condições de unificar a oposição para as eleições de 2014, o peemedebista preferiu não alimentar as polêmicas, ressaltando que respeita todas as opiniões.

“Estamos conversando muito e tudo vai depender da clareza da oposição. Se meu nome unificar a base da oposição, vou disputar com garra e coragem. Respeito a opinião do deputado, mas vamos continuar lutando para conseguir o apoio da oposição, inclusive do PP, que não tem sido bem tratado pelo governador”, afirmou Geddel, completando que ouve muitas queixas de componentes da sigla. “Muitos deputados e vereadores reclamam bastante do pouco espaço que o governador dá para o PP. Reconheço que o partido precisa de espaços maiores”.