Estudante da Uniasselvi flagra colega sendo vítima de bullying por estudante da FASETE

  • Edson Alves
  • 12/02/2014 21:00
  • Minuto Paulo Afonso

Uma jovem do município de Jeremoabo/BA presenciou na noite desta terça feira (11) a sua colega que é estudante da Unialsselvi (Centro Universitário Leonardo da Vinci) sendo vítima de bulliyng por alunos da Faculdade Sete de Setembro (FASETE). As duas instituições ficam no mesmo polo no prédio do Colégio Sete de Setembro em Paulo Afonso/BA. Veja o depoimento:

"Nesta terça-feira, 11, às 18h30, ao me dirigir a uma lanchonete próxima a Faculdade Fasete para lanchar, presenciei uma cena inadmissível; uma aluna, natural de Jeremoabo, estudante da Faculdade Uniasselvi sofreu bullying, sendo constrangida por alguns alunos da Fasete que se referiram a ela como “Paniquete” fazendo com que os presentes rissem da situação gerando mais constrangimento à vítima. Na ocasião o principal autor se levantou e fingiu assombro ao vê-la, lhe comparando a uma “Paniquete”, usando um tom irônico e até pediu para adicioná-la ao Facebook dando gargalhadas, enquanto outros  gritavam  palavras que não consegui discernir. 

Infelizmente, esta não foi a primeira vez. Ao conversar com a vítima descobrir que eles já haviam lhe ofendido outras vezes com frases que menosprezaram sua dignidade, sem que houvesse da parte da dela um motivo para tal atitude. Ela como muitos sempre calada, intimidada com as circunstâncias e com medo de que se reagisse poderia tornar a situação ainda pior. Mas, creio que o silêncio dela apenas permitiu que eles continuassem a agredi-la. 

Como acadêmica acredito que estamos em uma instituição de ensino superior para desenvolver nosso senso crítico e ampliar os princípios morais, porém o comportamento destes jovens me faz crer que ela em parte não cumpriu seu papel. Afinal, ser crítico significa que devemos aprender a defender as nossas opiniões, os  nossos direitos e acima de tudo respeitar ao próximo. Neste momento me coloco no lugar da vítima que se sentiu envergonhada, menosprezada, humilhada, com seu orgulho ferido, e me questiono o porquê desta atitude, afinal pela cena que presenciei não vi nenhum motivo para uma atitude tão mesquinha e pobre de espírito. 

No momento não resisti e intervim, não só eu, mas outra estudante também. Este texto é para conscientizar as pessoas que são vítimas de buuling, ou qualquer tipo de preconceito, que não fiquem caladas, que se manifestem e busquem seus direitos, pois isso é crime, cabível a pena, e aos que são coniventes com atitudes como estas que se ponham no lugar do outro, respeite o próximo e fiquem alerta, pois somos seres humanos e dependendo de certas atitudes poderemos ser plenamente punidos, independente da classe econômica, afinal um dos princípios da justiça é a imparcialidade. “Para a justiça brasileira o bullying está enquadrado em infrações previstas no Código Penal, como injúria, difamação e lesão corporal”. 
Infelizmente ainda não existe uma lei que puna os agressores com o devido merecimento.

Deixo claro que as pessoas agredidas pelo bullying apresentam alguns sintomas como o distúrbio do sono, problemas de estômago, transtornos alimentares, irritabilidade, depressão, transtornos de ansiedade, dor de cabeça, falta de apetite, pensamentos destrutivos, como desejo de morrer, entre outros. Em muitos casos as vítimas recorrem à terapia para amenizar as marcas deixadas pela agressão. Reflitam, ontem foi ela hoje pode ser você".

Manuela Alves