Pão de Açúcar: Carnaval de Clube foi um show de fantasias e frevos inesquecíveis

  • Helio Fialho - MTE/AL 1644
  • 06/02/2016 13:49
  • Helio Fialho

O Baile a Fantasia realizado no Iate Clube Pão de Açúcar tornou-se mesmo um ponto de encontro de muitos foliões criativos. Nesta sexta-feira (5) o que se viu foi um show de criatividade e exuberância. Uma diversidade de fantasias temáticas exibidas para encantar os amantes do Carnaval.

Dentre as tantas fantasias exibidas, uma chamou muito a atenção do público, apesar da simplicidade, pela crítica que ela traduz sobre este momento em que o Brasil trava uma guerra desesperadora contra o mosquito Aedes Aegypti, sendo a população brasileira conclamada pela Presidente Dilma Roussef a lutar pelo extermínio do vetor da dengue, chikungunya e zika vírus, sendo esta última doença a causadora do aumento do número de casos de microcefalia em crianças recém-nascidas.

A fantasia “Mosquiteiro Brasileiro” foi criada pelo artista plástico Joaquim Garcia que, descontraidamente, adentrou no baile fantasiado de mosquiteiro, tendo em destaque a bandeira verde e amarela do Brasil.

Além da beleza e da riqueza de detalhes das fantasias, a “Orquestra Irmãos Ramos”, que tem a frente o talentoso e famoso maestro pão-de-açucarense Petrúcio Ramos, deu uma sonoridade diferenciada ao tradicional baile, mantendo mais uma vez a tradição dos antigos e inesquecíveis carnavais da Terra de Jaciobá, tocando marchinhas e frevos carnavalescos que estão sendo devorados do repertório do nosso Carnaval pela swingueira lunática e pelas rajadas apologéticas da “metralhadora” musical que extermina impiedosamente os bons carnavais.  

No rico  repertório da Orquestra Irmãos Ramos estão músicas  como: Vassourinha, Allah-La Ô, Cachaça não é água, Bandeira Branca, As águas vão rolar, Me dá um dinheiro aí, O teu cabelo não nega mulata, Ó abre alas, Tourada de Madri, Tristeza, Cabeleira do Zezé, Cidade Maravilhosa, Está chegando a hora, Mamãe eu quero, Sassaricando, Saca rolha, Máscara negra, Índio quer Apito, As Pastorinhas, Chuva, Suor e Cerveja, A pipa do vovô, Pierrot apaixonado,  Apareceu a Margarida, Me dá um dinheiro aí, Turma do Funil,  Ó abre alas, Atrás do trio elétrico, Balancê e tantas outras que matam a grande saudade dos foliões.    

Pão de Açúcar tem fama de cidade carnavalesca, de grandes bailes momescos de clube e de muitos desfiles de blocos nas ruas, arrastando seus foliões que materializam em suas apresentações a alegria e a animação contagiante do maior folclore do Brasil – o Carnaval.

De parabéns está a turma da Quadrilha Buscapé, pois vem mantendo esta festa imperdível que precede os quatro dias de folia carnavalesca em Pão de Açúcar, uma espécie de “puro sangue” do carnaval pão-de-açucarense, alagoano e brasileiro. Tenho dito!