Prefeito de Poço das Trincheiras é ouvido na PF e nega apropriação de açude do Dnocs

  • Redação
  • 12/08/2011 06:37
  • Polícia

O prefeito de Poço das Trincheiras José Gildo Rodrigues prestou depoimento, na manhã desta quinta-feira (11), na sede da Polícia Federal. O gestor foi ouvido no inquérito que apura a denúncia de que ele teria se apropriado de um açude do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) no município e estaria restringindo o acesso da população ao local. O depoimento do prefeito foi tomado pelo delegado Marco Antônio, que conduz as investigações do caso.

Marco Antônio explicou que o prefeito foi ouvido e não indiciado pois a Polícia não encontrou elementos que comprovassem a veracidade das denúncias. O delegado disse, no entanto, que se investigações futuras apontarem para a comprovação do fato e Rodrigues pode ser indiciado.

“O prefeito disse que não proibia o acesso ao açude, mas sim proibia a revenda de peixe, liberando para consumo”, disse o delegado à reportagem do CadaMinuto.

A informação de que Rodrigues havia colocado um vigilante armado no açude foi negada pelo prefeito. Ele afirmou que o vigilante estava no local para controlar a entrada de pessoas que queriam pescar para vender. Agentes da Polícia Federal foram ao local para verificar a denúncia, mas nada foi constatado.

“O prefeito afirmou ainda, em depoimento, que havia gente que ia ao local com rede de arrasto, o que comprometia a quantidade de peixes no açude. Apesar de o local ser de responsabilidade do Dnocs, Rodrigues colocou também que as prefeituras procuram zelar por eles”, relatou o delegado.

Sobre a possibilidade de novos depoimentos, Marco Antônio afirmou que ainda não há previsão para outras oitivas. “Ouvimos o coordenador do Dnocs em Alagoas Paulo Maia, um outro denunciante e o prefeito. Não sei ainda se vamos ouvir outras pessoas, mas isso pode não ocorrer na Polícia e já na Justiça”, disse.

Maia, que depôs no dia 21 de julho, afirmou à reportagem do CadaMinuto, na ocasião, que o prefeito estava impedindo o acesso ao açude. “O prefeito disse que o Dnocs tinha passado a gerência do açude para a Prefeitura, o que é uma inverdade. Eu disse a ele que apresentasse um documento que comprovasse isso e ele afirmou que não o faria”, revelou.