Juiz decreta prisão preventiva de policial militar acusado de homicídio em Pão de Açúcar

  • Redação
  • 23/08/2012 07:34
  • Polícia

O juiz da comarca de Pão de Açúcar, Galdino José Amorim Vasconcelos, decretou a prisão preventiva do policial militar Valdian Cardozo dos Anjos, o ‘Valtião’. Ele é acusado de assassinar em julho deste ano Fernando Souza Santana, o ‘Tuta’. O militar, que já está preso no interior, será transferido para uma unidade militar na capital.

A preventiva do militar foi solicitada pelo delegado do caso, Sandro Marcelo Ferreira, que já concluiu o inquérito policial que será remetido à justiça. “O juiz havia decretado a prisão temporária que iria expirar nos próximos dias, por isso solicitamos a preventiva e com a decretação, Valtião vai para a capital, onde aguarda julgamento pelo crime, ficando sua detenção sob responsabilidade do Comando Geral da PM”, pontuou.

Ainda de acordo com o delegado, o inquérito comprovou que a autoria do crime é de Valtião.“Foi um crime bárbaro e não poderíamos deixar que ele voltasse a ganhar liberdade. Existem provas contra ele e por isso o juiz decretou a preventiva”, finalizou.
Valtião, que está lotado no 7º BPM de Santana do Ipanema, segue para Maceió.

O crime

Valtião teria deflagrado, à queima roupa, vários disparos de arma de fogo contra “Tuta”, que ao ser atingido tentou correr para sua casa, mas acabou caindo sobre a calçada. O militar ainda perseguiu a vítima e, sem se intimidar com a presença dos vizinhos, desferiu vários golpes de faca peixeira. O crime ocorreu na Rua Duque de Caxias, onde a vítima e o acusado residiam.

“Tuta” ainda foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e conduzido para a unidade de saúde da cidade, mas devido à gravidade, foi encaminhado para o hospital regional de Santana do Ipanema, onde não resistiu aos ferimentos e morreu.

O crime foi motivado pelo barulho que “Tuta” fazia quando bebia. De acordo com parentes da vítima, o policial já havia tentado outras vezes contra a vida de “Tuta”, inclusive em uma investida, o PM o teria surrado com um cinturão. Os familiares cobram justiça.