O município de Delmiro Gouveia, situado no sertão de Alagoas, fez parte  da linha: A E. F. de Paulo Afonso, que foi construída por ordem do Imperador Dom Pedro II, entre 1881 e 1883, para evitar o trecho não navegável do rio São Francisco de forma a carregar as mercadorias pela margem esquerda do rio nesse trecho. Foi sempre deficitária, passando por uma região muito pobre de Alagoas e parte de Pernambuco, terminando próximo à cachoeira de Paulo Afonso, daí o nome. Em 1901, foi arrendada à Great Western do Brasil, mas continuou sem ligação física com as outras ferrovias da região. Em 1943, chegou-se a anunciar seu fechamento, o que acabou não ocorrendo. Somente em 1964 a desativação foi feita efetivamente, sob protestos da população da região.

Em Delmiro Gouveia, a linha ferroviária teve três estações em atividade, a Estação do Talhado, a Estação da Pedra e a Estação do Sinimbu, e este ano  as antigas estações, estão completando 136 anos desde sua inauguração, sendo um marco histórico e cultural para o município.

A estação do Talhado, localizada no Assentamento Maria Bonita,  zona rural de Delmiro Gouveia, foi inaugurada em 10 de julho de 1882, hoje a estação está em ruínas, existem no local dois prédios, um em ruínas e o outro habitado por uma família.

Na gestão do ex-prefeito Lula Cabeleira, foi realizado um  projeto para a revitalização da Estação do Talhado, transformando-a em um Museu da Caatinga. De acordo com informações da ex-secretária de Cultura, Suely Maria Martins de Almeida, o projeto foi encaminhado para a Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas.
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A Estação da Pedra, localizada no centro de Delmiro Gouveia,  foi inaugurada em 10 de julho de 1882, recebeu este nome por causa da grande quantidade de  pedras  que existiam no local da estação. Em 1903, chegava na região  Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, que  com seu empreendedorismo  construiu uma fábrica de linhas e toda a infraestrutura, inclusive uma usina de eletricidade, para poder movimentá-la. A fábrica acabou fechada não muito tempo depois de sua morte, em 1917. Por causa dele a cidade acabou recebendo seu nome.

A ferrovia passou a ser chamada popularmente de Trem de Delmiro. A própria estação recebeu, no final de 1943, o nome Delmiro.

Depois do fechamento da ferrovia, em 1964, esta foi fechada e abandonada. A estação foi restaurada, passou a abrigar em 1989 o Museu Regional de Delmiro Gouveia, que mostra um acervo histórico e cultural, artefatos, documentos, objetos e fotos da ferrovia como o Eixo Motor, Bomba, Bomba a Vapor, Caldeira do Trem, Filtro e a Locomotiva, da antiga  fábrica de linhas, do Cine  Pedra, da Usina de Angiquinho e do fundador da cidade, Delmiro Augusto da Cruz Gouveia.

Atualmente  a Estação está  preservada e a locomotiva que pertencia à ferrovia, permanece no museu. A estação pertence a Fábrica da Pedra Pedra e hoje a estação está  sendo  administrada pela Prefeitura de Delmiro Gouveia.

A estação de Sinimbu, localizada na zona rural de Delmiro Gouveia, foi inaugurada em 02 de agosto de 1882. Sinimbu era a última estação da ferrovia em território alagoano. Atualmente a antiga estação se encontra em péssimo estado, e o prédio está sendo ocupado por famílias do povoado Sinimbu.