Tristeza e emoção no adeus ao Maestro Valmir Fonseca em Água Branca

  • Redação
  • 10/11/2011 15:08

Foi enterrado na manhã desta quinta feira (10) no município de Jardim do Seridó – RN, o corpo do maestro da Filarmônica Santa Cecília de Água Branca, Valmir Fonseca de Souza.

Valmir tinha 51 anos e era filho do ex maestro da Banda Musical Euterpe Jardinense, Valdemar Antônio de Souza.

Durante as décadas de 70 e 80, Valmir pertenceu a banda de música de Jardim do Seridó/RN, tocando instrumentos como a tuba, trombone e bombardino. Ele participou também da antiga Banda de Música Tarcísio Maia da cidade de Carnaúba dos Dantas - RN e a Banda de Música Onze de Fevereiro da cidade de Parelhas. Apaixonado pela música animou muitos carnavais em cidades da região do Seridó, acompanhando a Banda Estrelar de Caicó - RN.

Mudando-se para Água Branca, onde morou por mais de vinte e cinco anos, tornou-se maestro da Filarmônica Santa Cecília. Antes, fundou uma banda de música na cidade Delmiro Gouveia.

Nas horas vagas sempre visitava a sua cidade natal (Jardim do Seridó), onde era respeitado por todos, seja durante a realização dos ensaios, seja em tocatas ou retretas, nunca perdendo o vinculo afetivo com o referido grupo musical.

Pela manhã, o corpo do maestro seguiu em cortejo para a sede da Banda Musical Euterpe Jardinense, onde foi velado até a hora da missa de corpo presente. O enterro foi realizado às 09 horas da manhã no Cemitério Local.

Estiveram presentes no cortejo a Filarmônica 11 de Fevereiro da cidade de Parelhas/RN e da Filarmônica Santa Cecília da cidade Água Branca/AL no enterro do maestro Valmir em Jardim do Seridó/RN, sob forma de grande emoção e tristeza da perda deste homem que dedicou a sua vida exclusivamente para a música.

A Prefeitura de Água Branca enviou nota em seu site, lamentando a morte do maestro Valmir. Veja o que dizia a nota públicada nesta terça feira (8).

Nossos Pais descobrem que um ser está para nascer e trazer as suas vidas um brilho de luz. A cada sorriso, palavra, olhar ou suspiro, uma cachoeira de lágrimas parece inundar seus olhos de alegria e paz.

Nos tornamos adolescentes e a busca pela independência é cada vez mais clara.
A nossa vontade de conquistar espaço nos distância de quem sempre nos amará, esquecemos a família. Esquecemos de dizer o quanto os amamos.

Mas um dia nossos entes queridos se vão. Quando menos esperamos e sem nenhum aviso. Deus tira de nós o que mais amamos.

Em nosso peito apenas a dor de um punhal que a cada "meus pêsames" parece pesar.

Nossos pensamentos divulgam para cada gota de sangue em nosso corpo a culpa de nunca ter dito: "te amo"; "preciso de você", "estou sempre aqui", " me preocupo", e como se não bastasse vem à frase mais forte "a culpa foi minha".

Nossos sonhos caem por terra, nossa independência parece perder a importância. E a resposta para essa dor? O tempo e uma certeza:

Quando amamos transmitimos em pequenos atos e gestos, e as palavras não importam mais; quando precisamos de alguém, sentimos sua presença, e as palavras não têm mais sentido; quando nos sentimos sós e abandonados, surge uma palavra ou um gesto e descobrimos que nunca estaremos sós.

E a culpa? A culpa é da vida que tem inicio, meio e fim. A nossa culpa está apenas
em amar tanto e sentir tanto perder alguém.
Mas o tempo é remédio e nele conquistamos o consolo, com ele pensamos nos bons momentos. E com um pouco mais de tempo, transformamos nossos entes queridos em eternos companheiros.

Nossos sonhos ganham aliados, nossa independência ganha acompanhantes, nossa vida conquista anjos. E no fim apenas a saudade e uma certeza: Não importa onde estejam, estarão sempre conosco.

Alegria - 06 de Maio de 1960

Tristeza - 08 de Novembro de 2011

Fonte da Nota: Prefeitura de Água Branca, atraves da Diretória de Cultura de Turismo