A falta de transporte escolar da rede estadual de ensino foi resolvida, mas, os moradores do povoado Entremontes, em Piranhas, voltaram a denunciar o serviço público, desta vez pela superlotação do único veículo responsável pela transportação.

Segundo os pais, existem 30 alunos naquela povoação que precisam ir à escola na cidade, distante mais de 22 km de estrada de barro. Mas, segundo eles, a caminhonete D-20 responsável pelo transporte escolar não carrega mais de 20 alunos e se subir no carro um número maior que o estipulado o motorista não sai do lugar. O profissional explica que a quantidade aceita já ultrapassa o limite suportado pelo veículo. Com isso, outros dez estudantes ficam sem estudar.

A confusão gerou uma disputa por vaga na caminhonete. O pai de um dos alunos revelou a nossa reportagem que seu filho acorda 3 h da manhã para garantir uma vaga no carro. Para piorar a situação, o motorista decidiu não realizar o transporte a alguns dias devido à quantidade estipulada para lotação da D-20 está sendo desrespeitada. “Ele disse que se tiver 21 pessoas no carro, não sai do lugar.” Disse uma estudante que não se identificou.

De acordo com os pais dos alunos, o diretor da 11ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) Paulo Roberto Oliveira Silva enviou um ofício para a Secretaria de Estado da Educação solicitando solução para o problema que seria resolvido com a contratação de mais um veículo ou outro com mais capacidade de passageiros para aquela localidade. Até o momento o órgão estadual não havia se posicionado sobre o assunto.

Desesperados com a situação, alguns moradores procuram o desembargador Washington Luiz que é pai da prefeita do município Mellina Freitas, mas o magistrado teria informado que não podia fazer nada a respeito, uma vez que a responsabilidade era do Estado.