O Instituto do Meio Ambiente (IMA) enviou essa semana uma equipe técnica para fazer a marcação de árvores nas áreas de proteção do terceiro trecho das obras do Canal do Sertão. O objetivo é evitar a supressão da caatinga na região, onde existe a exploração de rocha para a construção de um túnel subterrâneo, entre os municípios de Inhapi, Olho D’água das Flores e Água Branca.

Durante uma vistoria realizada esse mês, foi realizado um levantamento sobre a vegetação encontrada, quantidade de árvores, quais as espécies e quais seus níveis de desenvolvimento. Além do levantamento, foram delimitadas três áreas de proteção medindo ao todo 6,22 hectares. Nessa nova vistoria, umbuzeiros, juazeiros, catingueiras, algarobas e juremas foram pintadas, para posteriormente serem piqueteadas para melhor visualização e proteção das espécies.

Essas medidas foram tomadas a pedido da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), na falta de outras áreas para colocar resíduos de construção do Túnel Mandacaru - estimado em 3,2 metros de extensão, altura e largura de 7,8 e 5,5 metros respectivamente, com profundidade mínima de 17 metros.

As áreas serão utilizadas como bota-fora e bota-espera, onde as pedras retiradas serão estocadas. No caso do bota-espera, as pedras serão armazenadas e reutilizadas, sem que seja feito o corte dessas árvores, sob a supervisão do consórcio Concremat e Hidroconsult, responsável também pela formulação de relatórios mensais sobre a quantidade de material colocada nessa área.

O primeiro trecho do Canal do Sertão, com 45km, já foi concluído, e o segundo, com 70km, está na sua reta final. Já as obras do terceiro trecho, com 30km - entre o km 64,7 e o km 93 - começaram no início do ano e devem ser concluídas em 2014.