JHC questiona possível PPP envolvendo o Canal do Sertão

  • Redação
  • 13/03/2013 09:01
  • Cidades

por Blog Lula Vilar-CM

Após a inauguração dos primeiros 65 quilômetros do Canal do Sertão - obra que era anunciada há anos - surgem alguns questionamentos. Entre eles, um bastante pertinente feito pelo deputado estadual João Henrique Caldas (PTN). 

JHC - como é conhecido - frisa que é preciso ter calma diante de tanta festa e alarde em relação ao Canal do Sertão. É de se comemorar a entrega, evidentemente, mas há alguns pontos que precisam ser esclarecidos de fato. Como por exemplo, como se dará o funcionamento do Canal, que é de alto custo. 

Isto já levanta a discussão sobre a possível privatização do Canal do Sertão quanto ao funcionamento. Não se trata de “demonizar” a privatização. Mas de discutir os termos com cautela diante da função vital que o Canal se propõe a fazer: levar água aos sertanejos, garantir produção e a sobrevivência de milhares de pessoas. 

JHC mostra preocupação com a falta de discussão em relação a um plano de gerenciamento e de acesso dos sertanejos à obra. “Quando se inaugura um trecho de 65 quilômetros e a demonstração é feita com canos e bombas improvisados, deixa-se espaço para perguntas e especulações”, salientou. 

João Henrique Caldas deve cobrar - em tribuna - nos próximos dias o detalhamento de como essa água vai chegar aos moradores do Sertão, em especial aos pequenos agricultores. “Foi um pergunta feita por todos durante a cerimônia”. 

Quanto à possibilidade de parceria público-privada - as famosas PPPs - o assunto foi levantado pelo jornalista Marcelo Firmino, em seu blog na Gazetaweb. Firmino aborda o tema com bastante propriedade e indico ao leitor deste blog. Está aqui!

O deputado estadual - por sua vez - também vai ao tema: “eu receio que o plano do Governo do Estado seja licitar o gerenciamento dessas águas para uma PPP, o que representaria a privatização das águas por um período de 30 anos”. É preciso discutir o assunto para que uma possível outorga não venha a excluir quem mais precisa da obra.