Fiscal de rendas é acusada de abuso de autoridade no Posto Fiscal de Ouro Branco

  • Redação
  • 29/10/2012 10:44
  • Cidades

Maria da Gloria Alencar, proprietária de um caminhão de transporte de leite, registrou um Boletim de Ocorrência (BO) na 2ª Delegacia Regional de Polícia, em Santana do Ipanema, na noite desta sexta-feira (27) denunciando a fiscal de tributos estaduais, Rosa Conceição, por abuso de autoridade.

Segundo Glória, que conversou com nossa reportagem, o seu caminhão, era dirigido por Miguel Luiz Tenório da Rocha. O mesmo teria sido apreendido na tarde da última quinta-feira (25), com a alegação de estar sendo transportado com a data da nota fiscal fora do prazo de validade. No entanto, a proprietária do veículo alegou à nossa reportagem que o mesmo teve um problema mecânico no momento em que se deslocava da cidade de Major Izidoro, em Alagoas, (local onde foi pego a mercadoria) com destino a cidade de Fortaleza/CE.

Mas o que relatou a proprietária do caminhão, à nossa reportagem, foi de que o motorista teria feito o procedimento normal, ao avisar sobre a ocorrência. “Quando o caminhão quebrou, ele [motorista] foi até o Posto Fiscal de Ouro Branco e renovou a data da nota fiscal. Mas o serviço acabou demorando mais do que o previsto, então a fiscal pediu que fosse levada a nota fiscal da peça e a do conserto do veículo que ela considerava”.

‘Fizemos o procedimento da forma que ela pediu, inclusive eu mesma fiz questão de ir ao local, em outro veículo, juntamente com meu marido e meu filho menor de idade, mas quando o caminhoneiro chegou ao posto fiscal a mercadoria foi apreendida. A fiscal, sem o mínimo senso de respeito a pessoa humana, alegou que a data da nota fiscal já não tinha validade”, disse Glória em tom de indignação.

A proprietária do caminhão, disse ainda que a fiscal, além de demorar uma média de meia hora ao telefone, antes de atendê-la, ainda a tratou com voz alterada e dizendo a todo o momento que “era autoridade”.

“Para se ter uma ideia do desequilíbrio desta funcionária, quando eu a tratei de “minha senhora” ela mandou que eu a respeitasse, pois ali estava uma autoridade, como se a palavra senhora fosse um desacato”.

Glória, que estava acompanhada de seu marido Altamir Ferreira da Silva, seu filho, de 12 anos, que tem síndrome de Down e o motorista do caminhão, disse ao Alagoas na Net que se revoltou ainda mais quando a fiscal de rendas pediu para que o policial de plantão a prendesse. “Para minha sorte, o policial que ali estava era um homem de bom coração, pois ele presenciou tudo e não cometeu tal absurdo. Por isso estou aqui na delegacia prestando queixa desse abuso, para que coisas dessa natureza não aconteçam mais. O que eu quero é apenas justiça”, finalizou a empresária.

Por telefone, nossa reportagem falou com a fiscal de tributos Rosa Conceição, mas a mesma se resguardou ao direito de ficar calada e disse apenas que iria aguardar um contato com o seu superior.