Conab tem 2.363 toneladas de milho para alimentação animal, mas criadores reclamam de preço elevado

  • Diego Barros
  • 29/12/2015 08:32
  • Vazio

Cerca de 2.363 toneladas de milho para alimentação animal estão estocadas nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Palmeira dos Índios e Maceió, à espera de criadores que queiram fazer a compra para levar aos seus rebanhos, castigados há pelo menos quatro anos pela estiagem e falta de pastagens no campo.

Porém, segundo os próprios criadores, o preço da saca de 60 quilos de milho ofertada pela companhia ajudou a elevar o valor do grão no comércio dos municípios. Segundo eles, a saca vendida pela Conab por R$ 41,50 não compensa os demais custos com frete, descarregamento e moagem do milho para transformá-lo em farelo.

“É melhor comprar no mercado local, em cada município, que assim já economizamos com o frete do caminhão até Palmeira dos Índios”, afirmou Domício Silva, presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA). “Os animais também estão morrendo de sede. Está se tornando impraticável produzir no campo”, completou o presidente da ACA.

Há três anos, quando foi decretada a situação de emergência em Alagoas por conta da seca em vários municípios, a Conab recebeu um subsídio maior do governo federal e conseguiu vender aos pequenos criadores a saca do milho por pouco mais de R$ 18,00.

Segundo o superintendente da Conab em Alagoas, Elizeu Rego, o milho que chega ao estado atualmente continua sendo subsidiado pelo governo federal, porém por um valor menor. Cada saca de 60 quilos, de acordo com ele, recebe um subsídio de cerca de R$ 15,00.

Mesmo assim, o que ajuda a elevar o preço do grão é o frete para que ele seja trazido de estados da região Centro-Oeste até Alagoas. Com isso, o preço repassado ao criador é de R$ 41,50. No mercado local dos municípios, de acordo com Elizeu Rego, a saca do milho é vendida por aproximadamente R$ 49,50.

Ainda segundo informações da Conab, outras 800 toneladas de milho são esperadas para chegar aos armazéns da companhia no estado, sendo 400 para Palmeira dos Índios e outras 400 para Maceió. Podem ter acesso ao produto criadores devidamente cadastrados no órgão e que apresentem documento da propriedade, bem como documentação fornecida pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Adeal) sobre o ramo de atividade e quantidade de animais.

Os armazéns funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30. Em Palmeira dos Índios, o local fica no bairro Paraíso, na rua Manoel Orígenes de Oliveira, 105. Em Maceió, fica no bairro Bebedouro, na rua Tobias Barreto, 313. Os telefones dos dois endereços são, respectivamente, (82) 3421-5104 e (82) 3241-0581.