Rio São Francisco começa 2016 com vazão de água reduzida, após autorização do governo federal

  • Diego Barros
  • 04/01/2016 08:44
  • Vazio

O ano de 2016 começa gerando preocupação para quem depende das águas do rio São Francisco, seja para o abastecimento dos municípios, seja para a navegação em seu leito. É que a descarga das barragens de Sobradinho, na Bahia, e Xingó, entre Alagoas e Sergipe, sofreu mais uma redução.

Dessa vez, por meio de uma resolução publicada pela Agência Nacional de Águas (ANA) no Diário Oficial da União do dia 21 de dezembro do ano passado, a vazão fica em 800 metros cúbicos de água por segundo. A medida vale até o dia 31 de janeiro e é reflexo da falta de chuvas na calha do rio e de seus principais afluentes.

Com a redução da vazão, a captação de água para abastecer todos os municípios do semiárido alagoano, bem como boa parte do agreste e dos municípios mais próximos à foz, fica comprometida. A navegação, por outro lado, também deve enfrentar mais dificuldades.

Segundo a resolução da ANA, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) “promoverá ampla divulgação, sobretudo nas cidades ribeirinhas do Baixo e Submédio São Francisco, das reduções de vazão a serem praticadas”.

O mesmo documento diz também que “a Chesf deverá se articular com a Marinha do Brasil de forma a garantir a segurança da navegação e salvaguarda da vida humana, conforme a Lei n° 9.537, de 11 de dezembro de 1997”, e que “a CHESF deverá dar publicidade das informações técnicas aos usuários da bacia e ao respectivo Comitê de Bacia durante o período de vazões defluentes mínimas reduzidas”.