Os alunos da Escola Estadual Bráulio Cavalcante, em Pão de Açúcar, estarão prestando uma homenagem aos 100 Anos de Luiz Gonzaga. A atividade interdisciplinar faz parte do projeto de autoria da educadora Glícia Almeida Melo. O objetivo geral do projeto é resgatar a vida e as obras do Rei do Baião e destacar os pão-de-açucarenses que adotaram seus ritmos e também são considerados ícones regionais.

Dentre os objetivos específicos estão: trabalhar as letras das músicas destacando os dialetos (subjetividade, figuras de linguagem, concordância, regras ortográficas, etc.); relacionar as músicas no tempo e espaço em que as mesmas foram compostas; pesquisar sobre o meio ambiente e sustentabilidade e resgatar a cultura local, destacando os envolvidos no processo de culturalização dos pão-de-açucarenses.

Segundo a professora Glícia, leitura, escrita e reescrita de músicas, produção de texto, dramatização, pesquisas e outras atividades fazem parte da metodologia do projeto que tem como recursos didáticos cópias de músicas cantadas pelo imortalizado sanfoneiro e cantor de baião Luiz Gonzaga do Nascimento (Asa Branca, Súplica Cearense, ABC do Sertão, A Triste Partida e outras), o filme “Morte e Vida Severina” e papel.

Segundo, ainda, a educadora Glícia, duas atividades importantes estão previstas para acontecer nas ruas da cidade: um desfile com a participação dos alunos, professores, coordenação pedagógica e diretores da escola (dia 21) e uma exposição dos trabalhos realizados pelos alunos (dia 22).

Outras homenagens

Seguindo o exemplo da Escola Estadual Bráulio Cavalcante, diversas homenagens serão prestadas ao Rei do Baião durante o Forroçúcar, evento que será realizado no período de 23 a 29 de junho.

Os tributos serão prestados no Arraial da Reconstrução Sanfoneiro Zé Negão durante as apresentações de quadrilhas, sanfoneiros e bandas de forró. Luiz “Lua” Gonzaga nasceu na fazenda Caiçara, na zona rural do município de Exu, localizado na Serra do Araripe, estado de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912, e morreu no dia 02 de agosto de 1989, às cinco horas da manhã, no Hospital Santa Joana, em Recife, depois de quarenta e dois dias internado.

E no seu sepultamento compareceram mais de vinte mil pessoas que cantaram Asa Branca no exato momento em que o caixão descia ao sepulcro, por volta das quatorze horas e cinquenta minutos do dia quatro de agosto. Uma data que ficou marcada na vida de muitos brasileiros, principalmente do amantes da cultura nordestina.