Escola Municipal de Pão de Açúcar possui um dos melhores Ideb do Nordeste

  • Redação
  • 02/09/2012 15:00
  • Helio Fialho

O Ministério da Educação (MEC) divulgou no dia 15 de agosto o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb, realizado em 2011 nas escolas brasileiras. Os números mostram que a educação no Brasil continua caótica, principalmente a pública. Pelos dados, as notas de mais de 37% das cidades brasileiras nos anos finais do Ensino Fundamental estão abaixo da meta estipulada pelo MEC. O Ministério da Educação esperava que as redes públicas fossem capazes de atingir nota 3,7, ao final da 8ª série. Mesmo assim, muitas não conseguiram alcançar a meta prevista.

Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia e Sergipe são os estados que ostentam o lamentável título de piores estados do Brasil nos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2011, sendo as escolas estaduais as que mais contribuem para esta classificação vergonhosa.

Em oito estados (Amapá, Alagoas, Maranhão, Sergipe, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins) menos de 50% dos municípios atingiram essa nota. No Rio de Janeiro, único estado da região Sudeste nesse grupo, apenas 41,3% das cidades atingiram a meta. Em Roraima, um recorde catatrófico: nenhum dos 17 municípios foi capaz de chegar aos 3,7. A nota do estado como um todo, 3,6, foi inferior à nota que havia sido registrada pelo Ideb em 2009, quadro que se repetiu no Amapá, em Alagoas e no Mato Grosso do Sul. Mesmo na região Sul do País, apenas 60% das cidades atingiram a meta.

Porém, diferentemente do que apresentaram as escolas públicas estaduais e a maioria das escolas públicas municipais, a Unidade Municipal de Ensino José Gonçalves de Andrade, localizada no Povoado Machado, zona rural do município de Pão de Açúcar, apresentou um resultado considerado excelente, isto é, obteve nota 4,6, considerando a nota padronizada de português e matemática 4,68, ficando, assim, acima da meta projetada para 2011 que era de 4,3.

Segundo a avaliação realizada pelo MEC, a escola cresceu 0,6 pontos percentuais em 2011, ficando 7% acima da meta prevista e com um crescimento de 15%, considerado um dos melhores índices do Nordeste.

Sobre a nota 4,6 alcançada por esta escola municipal localizada na zona rural de Pão de Açúcar e considerando que cada escola tem suas metas definidas individualmente pelo Instituto Nacional de estudos e Pesquisas (INEP) e leva em conta o ponto de partida, ou seja, o valor do seu Ideb inicial, o MEC fez a seguinte observação: “Bom trabalho! Essa escola atingiu a meta prevista para 2011 e teve crescimento no Ideb em relação a 2009. Isso indica uma boa tendência de crescimento para os próximos anos”.

Outras escolas públicas municipais também localizadas na zona rural de Pão de Açúcar alcançaram índices considerados bons em comparação aos índices alcançados pelas escolas públicas estaduais de Alagoas, Rio Grande do Norte e outros estados nordestinos, principalmente aos índices das escolas públicas estaduais em funcionamento na cidade de Pão de Açúcar: Unidade Municipal de Ensino Ana Tereza de Jesus (Povoado Meirus): 3,8, Unidade Municipal de Ensino Capitão Manoel Rego (Povoado Impueira de Baixo): 3,5, Unidade Municipal de Ensino Monsenhor Lira (Povoado Lagoa de Pedra): 3,5, Unidade Municipal de Ensino Júlio Damasceno Ribeiro (Sítio Xexeu): 3,2, Escola Estadual Bráulio Cavalcante (zona urbana): 1,5 e Escola Estadual José Soares Pinto (zona urbana):1,2.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado pelo Inep/MEC e busca representar a qualidade da educação a partir da observação de dois aspectos: o fluxo (progressão ao longo dos anos) e o desenvolvimento dos alunos (aprendizado). É medido a partir da combinação do resultado individual obtido pelos estudantes na Prova Brasil, que avalia o desempenho em língua portuguesa e matemática, com a taxa de aprovação das escolas.

Dois fatores são considerados preponderantes para alcançar um bom resultado nesta avaliação: investimentos dos estados e municípios na melhoria da qualidade do ensino e o comprometimento dos professores na sala de aula, sendo este segundo fator, o que mais contribui para alcançar o sucesso no Ideb. Mas isso não significa dizer que não existem excelentes e dedicados professores nas escolas de Alagoas, Rio Grande do Norte e nos outros estados onde o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica foi considerado uma vergonha nacional.

Com base nesse fracasso alarmante, não há como negar a existência de professores antagônicos a uma boa aprendizagem e resistentes às novas propostas e exigências do ensino moderno. Geralmente os professores desarticulados fingem que dão aula e os alunos fingem que aprendem. E essa cumplicidade ilusória resulta em resultados negativos para a educação dos estados e municípios que apresentam decadência na avaliação do Ideb. Alunos desinteressados e sem domínio de conhecimentos específicos também contribuem para o surgimento desse escandaloso fracasso.

Não faz muito tempo criticava-se o salário pago aos profissionais da educação e atribuía à política salarial do governo o fracasso na educação brasileira. Hoje essa política mudou por conta de leis e planos criados para beneficiarem os professores e os demais trabalhadores da educação. E dentro desta nova realidade, não poderia ser diferente no nosso Estado, pois o Governo de Alagoas vem pagando sagradamente em dia aos servidores e os professores recebem um salário considerado muito bom, embora a categoria ainda pretenda obter mais conquistas com o novo Plano de Cargos e Carreiras (PCC) a ser aprovado muito em breve.

Já em Pão de Açúcar, o governo municipal através de sua Secretaria de Educação, desde 2009, vem investindo fortemente na melhoria da qualidade da educação dos alunos da rede municipal de ensino. E dentre as diversas ações que justificam o sucesso obtido na avaliação do Ideb 2011, estão: a criação do PCC dos trabalhadores da educação municipal, capacitação e reciclagens periódicas de professores, recuperação e ampliação de salas de aulas, construção de novas unidades escolares, a abertura de oportunidades para os professores ingressarem em cursos de graduação e pós-graduação e a melhoria da qualidade da merenda escolar.

No resultado geral, levando em consideração as notas obtidas pelas escolas municipais e estaduais, o município de Pão de Açúcar ficou 20% acima da meta, teve um crescimento de 9%, sendo que 70% das escolas atingiram a meta, cresceram o Ideb e estão abaixo do valor de referência. Somando o resultado de todas as escolas das redes municipal e estadual, o município ficou com o Ideb 3,6, Fluxo 0,94(de cada 100 alunos, 6 não foram aprovados)  e Aprendizado 3,86(nota padronizada de portugues e matemática). O valor de referência do Ideb é 6,0.


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