Paulo Dantas defende reforma tributária mais justa para diminuir a desigualdade econômica

  • Agência Alagoas
  • 30/08/2023 08:55
  • Minuto Política
Pedro Tavares / Assessoria
Paulo Dantas defendeu que os critérios de rateio do Fundo Regional de Participação deverão ser inversamente proporcionais ao PIB
Paulo Dantas defendeu que os critérios de rateio do Fundo Regional de Participação deverão ser inversamente proporcionais ao PIB

O governador Paulo Dantas participou na manhã desta terça-feira (29), de uma Sessão Temática no Senado que discutiu a reforma tributária com todos os governadores do país. Ao lado dos senadores Renan Calheiros e Fernando Farias, o governador defendeu que a reforma seja mais justa, simplificada e que auxilie na redução da desigualdade econômica e social do país. A secretária Renata Santos (Fazenda) também integrou a comitiva alagoana em Brasília.
 

Paulo Dantas esteve na capital federal a convite do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que considera “prioridade” ouvir os entes da federação sobre a simplificação tributária proposta pela reforma.

Em seu discurso, o governador elencou alguns pontos prioritários para análise da reforma tributária, bem como enfatizou que ela deve auxiliar na redução da desigualdade econômica, seja mais justa, simplificada, com equilíbrio social e que promova mais competitividade e desenvolvimento socioeconômico.

“O que queremos é uma reforma mais justa, simplificada, com equilíbrio social e que promova mais competitividade e desenvolvimento socioeconômico. Para isso é preciso discutir pontos importantes, como limites que caracterizam um IBS nacional com respeito e autonomia federativa; dimensionamento e distribuição do fundo de desenvolvimento regional, e uma governança do conselho federativo. Uma reforma tributária mais equilibrada e simples vai promover justiça social e ajudar o Brasil a se desenvolver cada dia mais”, disse.

Além disso, o governador Paulo Dantas destacou que os critérios de rateio e partilha do Fundo Regional de Participação deverão ser inversamente proporcionais ao PIB, ou utilizar o mesmo critério do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

“O critério de rateio e partilha do Fundo Regional de Participação é fundamental para diminuirmos desigualdades sociais e alcançarmos as pessoas mais humildes, sobretudo no Nordeste e no Norte. Entendemos que o critério deve ser inversamente proporcional ao PIB ou o mesmo utilizado pelo FPE, e esse critério não deve ser definido por Lei Complementar, mas sim por Emenda Constitucional”, disse.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reconheceu que os governadores têm ressalvas à reforma, mas disse acreditar que todos concordam com a sua essência.

“Estamos discutindo uma opção política por uma tributação unificada e pela agregação da Federação em torno de uma arrecadação equilibrada e menos complexa. Para isso, há sacrifícios. Isso acaba impondo o reconhecimento de todos os entes de que o recurso é para o Estado brasileiro, e deve ser repartido dentro da realidade de cada um. A reforma deve estar norteada num ânimo de ceder, não de conquistar”, concluiu.

A PEC 45/2019 propõe a extinção de cinco impostos, entre eles o ICMS (estadual) e o ISS (municipal), e a criação de um tributo único, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A repartição do IBS entre estados e municípios seria feita a partir de um órgão criado especificamente para isso.