Análise da política nacional

  • Augusto Ferreira
  • 13/05/2013 06:44
  • Augusto Ferreira

Sistematicamente encontramos críticas e denuncias aos possíveis candidatos a presidência da república. As eleições ocorrerão em 2014, mas para barrar os presidenciáveis o marketing negativo faz parte da agenda.

Até pouco tempo o governo de Pernambuco era aliado da Presidenta Dilma. Desde o mandato de Lula a terra do frevo foi privilegiada. Recebeu muitas verbas, possibilitando a elevação do nome de Eduardo Campos.
A ambição política de Campos cresceu. O partido o quer na contramão da presidenta. Recentemente ele criticou as ações de Lula e Dilma. O PSDB, de Aércio Neves e José Serra teceram elogios a Campos. Uma confusão que só quem estuda a política brasileira compreende com clareza o jogo que está por trás.
Os meios de comunicação do reduto mineiro e paulista apresentaram matérias elogiando o desempenho de Campos em seu Estado. Quem nunca aceitou a candidatura de Eduardo Campos foram os mandatários da política cearense Ciro Gomes e seu irmão Cid Gomes, que são do mesmo partido, mas que não percebem o governador de Pernambuco preparado para o cargo mais alto da política.
Quando Eduardo apostou tudo, lançando mesmo que timidamente o seu nome a presidência, os mandatários da política café com leite, juntamente com os jornais que sustentam o PSDB começaram a bombardeá-lo de críticas. Está estampado em todos os jornais e na internet a irresponsabilidade de Eduardo Campos em relação às casas que foram construídas para abrigar as vítimas das enchentes de 2011. As acusações são de desvio de verbas, casas em estado precário, falta de fiscalização e etc.
Eduardo Campos deu um tiro no pé. Criticou os presidentes que mais lhe ajudaram a construir um nome na política nacional, sentiu-se “amigo” do PSDB e dos jornalescos. Ele não imaginava que todo esse encanto da oposição era preparando o golpe para acabar com o seu nome na política. O interesse do PSDB de Fernando Henrique é tirar Campos da candidatura.
A análise é a seguinte: com Eduardo Campos na carreira presidenciável as chances de Dilma levar o pleito no primeiro turno são de quase 100%, sem Eduardo os dois partidos fortes certamente iram para o segundo turno, o PT e o PSDB.