Papa Francisco e a mudança de mentalidade na Igreja Católica
- Augusto Ferreira
- 19/08/2014 09:04
- Augusto Ferreira
Um homem genial. Veio para recuperar a credibilidade da Igreja Católica e implantar novas formas de pensar, causando até intolerância entre os teólogos mais conservadores. Este é o Papa Francisco. Um homem de Deus!
Esteve recentemente na Coreia do Sul e ao retornar ao Vaticano respondeu a várias perguntas dos jornalistas, ainda dentro no avião. Impressionante como ele fala sem medo da popularidade e da morte.
Ao ser questionado pelos repórteres sobre sua popularidade global, Francisco afirmou: "Vejo isso como uma generosidade do povo de Deus. Tento pensar nos meus pecados, nos meus erros e não ficar orgulhoso. Porque eu sei que durará pouco tempo. Dois ou três anos e irei para a casa do Pai".
Essa afirmação de Francisco deixa os católicos apreensivos, pois a revolução que ele causou em tão pouco tempo no Vaticano e na Igreja é sinal de que ainda tem muita coisa boa por vir. Mas o tempo parece que corre rápido e ainda precisa-se de mais mudanças.
Aguarda-se uma mudança radical no que tange a família com o Sínodo da Família que acontecerá em outubro. O papa enviou no início do ano um questionário de 36 perguntas, todas relacionadas à família, e pediu que se respondesse todas as questões. Dentre as perguntas está: como os agentes de pastoral estão preparados para acolher as mudanças dos tempos em relação a família?
Nada fácil de responder, pois a Igreja conserva o tradicionalismo, e os tempos exigem mudanças de mentalidade. Se a Igreja busca acolher a todos, sem preconceito, é urgente e necessário que seus agentes, desde os de pastoral, passando pelos padres e bispos, façam uma releitura dos novos tempos.
Francisco quer mudanças. Uma Igreja de saída. Que vá a busca dos marginalizados, dos sem voz e sem vez. O pouco tempo que ele relata na entrevista, talvez não seja hábil para tais mudanças.
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