Há uma luta que se perdura por mais de 4 anos da classe jornalística para repor a profissão de Jornalista como necessariamente o profissional passar pelos quatro anos da faculdade. A discussão é polêmica e causa divisão entre os parlamentares.

A decisão em não exigir o diploma para exercer a função é política. O então Ministro Gilmar Mendes que argumentou e derrubou a exigência do diploma se baseou na Liberdade de Expressão, assegurada pela Constituição, o fato é que Liberdade de Expressão não significa falar o que quer e como quer.

A decisão política de Mendes é para beneficiar os grandes meios de comunicação do país. A lógica é a seguinte: o dono de um meio de comunicação contrata qualquer pessoa, molda ela para falar e escrever somente o que interessa ao veículo que trabalha, não está protegido pelo Sindicato da classe, logo não vai reivindicar o que é determinado nas assembleias.

Mendes que sempre quis fazer carreira política se apadrinhou nos veículos poderosos do país e seguiu a cartilha ditada por eles. Mas, parlamentares se empenham em derrubar a decisão arbitrária de Mendes para que a exigência do diploma de jornalismo volte a valer.

O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) une-se ao apelo do deputado federal Hugo Motta (PMDB) onde pede que a Câmara dos Deputados, defina uma data para votação da PEC 33 dos Jornalistas, aprovada pelo Senado em 2012. Hugo revelou ao senador que já na próxima semana apresentará requerimento de urgência para a apreciação da referida PEC.

“Já me mostrei favorável à PEC 33, pois acredito que a profissão de jornalista deve ser executada por quem tem diploma, até por uma exigência de mercado e também pelo reconhecimento daquelas pessoas que estudaram e se prepararam para oferecer este tipo de serviço. Então, para valorizar quem se forma e está mais preparado, somos a favor do reconhecimento do diploma para a profissão de jornalista. Posso garantir desde já, que não próxima semana apresentarei o requerimento de urgência para apreciação desse importante projeto”, afirma o deputado.

No entendimento do senador Vital Rego, sem o diploma, as pessoas inaptas para o jornalismo podem correr o risco de escrever e cometer erros que um profissional com formação técnica não comete, gerando danos irreparáveis a sociedade. Uma matéria sem critérios de avaliação e responsabilidade pode segundo o parlamentar, destruir a vida de uma pessoa, causar problemas na sociedade. “Não é justo que um jornalista seja substituído em sua empresa por alguém que não tenha sua formação”, afirmou Vital.