Procastinação na Confraternização? Nada disso!

  • Redação
  • 14/12/2012 16:07
  • Fábio Campos

Guardadas em caixas de sapato, fechadas dentro dos cartões de natal, submersas em pó de serra. Elas ficam guardadas o ano inteiro. Chegou a hora de soprar-lhes a poeira! E fazê-las enfeitar nossas casas, nosso ambiente de trabalho. Refiro-me a determinadas palavras que somente com a proximidade do aniversário do Menino Jesus, e as festas de fim de ano, nós a usamos com mais ênfase.

Felicidade; Boas Festas; Feliz Ano Novo; Feliz Natal; Paz e Amor. Eis algumas delas. Há um dito popular que diz que “Uma imagem vale mais que mil palavras”. Isso é relativo! Já vi imagens que não refletiam a realidade a que se propunha no contexto. A televisão acabou de mostrar uma mãe com seu bebê dentro de um carrinho, na calçada. Parecia apenas o que refletia: uma mãe zelosa com seu filhinho. Bela cena cheia de candura! A câmara de monitoramento da polícia captava a imagem. Uma observação mais acurada do policial, e detectou-se que a mulher estava colocando vinho (bebida alcoólica) pro bebê!

Agora, olha só que engraçado! Já imaginou, se as imagens que se nos apresentam no dia a dia viessem com legenda? Ao encontrar um meliante na rua, um holograma com sua ficha na polícia pairando sobre ele. Um estudante, e o boletim com seu histórico escolar ali voando no seu pé do ouvido. E se nossos pensamentos se materializassem em balões como nos gibis? Quão constrangedor seria pra alguém, que olhando pra você, a abrir-lhe um sorriso, e lá no balão do pensamento, em letras garrafais: -Seu idiota!

Fim de ano chegando, não são poucos os que se preocupam em manter a forma física, pra poder exibir um corpo legal nas férias. Na praia, na piscina. Precisamos nos preocupar também em malhar nosso espírito. Tirar palavras carregadas de negatividade que emporcalham nossa mente, nos destruindo sem que percebamos. E de tanto tê-las nos intoxicando acabamos por apresentar doenças físicas, depressão, doenças cardíacas, A.V.Cs. e até cânceres. Portanto proponho que façamos uma faxina na nossa alma, e no nosso coração. Vamos lá! Jogue fora palavras como; mágoa, ressentimento, vingança, ódio, raiva. Troque-as por solidariedade, caridade, paz, amor.

Frei Galvão (1739-1822) primeiro santo brasileiro (canonizado pelo papa Bento XVI, em 11 de maio de 2007) acreditava piamente na força poderosa das palavras, literalmente. Tanto que é criação dele as pílulas milagrosas. Feitas de pedaços de papel, com palavras de fé e que até hoje são administradas a pacientes terminais com doenças gravíssimas. Inclusive há confirmação de alguns milagres (wikipedia.com.br).

Há palavras que se revestem, se camuflam, tomam novo formato. Se a gente tirar a maquiagem vamos encontrá-la verdadeiras nuas e cruas. Tem pessoas, por exemplo, que até brincam dizendo: Depois que inventaram “desculpa” ninguém mais pede “perdão”. Na Gazetaweb.com.br vi outro dia que descobriram uma nova doença chamada “Procastinação” que é um distúrbio em que o indivíduo deixa de cumprir suas tarefas, as mais prementes. Antigamente isso era chamado de desleixo, preguiça.

Quer ver outro exemplo de camuflagem de palavra. Foi João do Mato quem mandou-me por e-mail:

Um rapaz procurou um psicólogo. Depois da consulta, tinha uma dúvida cruel: 

-Doutor eu gostaria muito de saber. O senhor acha que eu sou homossexual?

-Você é rico, bem sucedido, ou ganhou uma quantia milionária na loteria?

-Não.

-Então meu amigo você não passa mesmo, é de um viadinho!

Fabio Campos 14.12.12 No Blog fabiosoarescampos.blogspot.com já está postado o Conto inédito: “O Fim do Fim do Mundo em Santana”