Fábio Campos: BIGODE "Por Deus!" Então é isso?

  • Fabio Campos
  • 16/09/2015 15:47
  • Fábio Campos

Outro dia conversando, via web, com meu amigo Blogueiro Dr. Marques (www.blogdomarques.blogspot.com) deparei com uma foto dele ostentando um vastíssimo e bem cultivado bigode. Comentei na minha página do facebook que qualquer dia desses faria uma crônica sobre ‘bigodes’. O tempo passou, e eis que conversando, desta vez pessoalmente, com outro (que também usa bigode) o diretor do departamento do Meio Ambiente, vinculado a secretaria municipal de Agricultura de Santana do Ipanema, meu amigo Manoel. E o tema voltou à tona. Hoje surgiu a oportunidade, e eis a crônica do bigode.

“Bigode é o conjunto de pelos faciais, localizados entre o nariz e o lábio superior e é comum ser preservado por alguns homens junto ou não de uma barba. Também ocorre em mulheres que, em sua maioria, optam por eliminá-los. Historicamente pode dizer-se que o bigode é um traço facial que tende a identificar diferentes culturas. Na sociedade ocidental o bigode caiu em desuso nas últimas décadas, sendo substituído por uma crescente exigência de limpeza visual. Não é despropositado dizer que a sociedade global associa o bigode a alguns fenômenos sociais que não dependem da geografia. Teve grande importância na sociedade do século XIX e primeira metade do século XX. A utilização demonstrava ostentação socioeconômica e tinha uso quase que obrigatório entre os homens de grande importância no período acima citado.

Etimologia: Os enormes bigodes que os germanos costumavam usar na  Idade Média chamaram a atenção dos habitantes da Península Ibérica, como também os juramentos e as imprecações que aqueles bárbaros proferiam. Com inusitada frequência os germanos exclamavam “bei Gott!”, “por Deus!” Mais que um juramento era uma mera interjeição. Sem entender o que aquelas palavras significavam, os ibéricos começaram a chamar ‘bigod’ os homens bigodudos. Até que a palavra já aportuguesada como ‘bigode’ passou a designar o apêndice peludo.(Fonte: Wikipédia.org.br)”

Encontrei no site www.mistermagazine.com.br Dez estilos de bigodes.

Chevron - Era o estilo preferido do saudoso cantor pop,  africano de Zamzibar, Fred Mercury. É usado cheio, porém aparado rente ao lábio;
Handlebar - Cheio e enrolado nas pontas fazendo dois sinais de interrogação, ou dois ganchos. Para ilustrar esse tipo lembrei do ‘elementar’ Dr. Watson assistente do famoso Detetive Sherlock Holmes;
Pincel - Dos mais tradicionais. Bem no estilo do ator Tom Seleck do seriado da tevê Magnum. Vindo, aqui pro Brasil esse tipo é adotado pelo nosso ex-presidente José Sarney.
Ferradura- Esse estilo que imita o formato do ‘sapatos‘ dos equinos. Pra o leitor ter uma ideia, é aquele tipo usado pelo saudoso cantor sertanejo Zé Rico que fazia dupla com o Milionário;
Dali - Dos mais excêntricos leva o nome do seu maior adepto, o também excêntrico pintor surrealista catalão, Salvador Dali. É usado superfino apontando pra cima como ponteiros de relógio que marcassem 10h e 10min.;
Fu Manchu - Inspirado na personagem famosa da ficção oriental Dr. Fu Manchu o diabólico chinês. Semelhante ao Dali com a diferença que não fica espetado, mas cai pelos lados da boca;
Inglês - É usado fino e longo na horizontal, e chega a passar do rosto para os lados. Não há um personagem específico para caracterizá-lo;
Hitler - Claro inspirado no seu criador mais famoso, foi satirizado pelo ator e comediante Charlie Chaplin. Característico por uma pequena tarja negra sobre o filtro labial, aquela covinha abaixo das narinas e acima dos lábios;
Lápis - Esse tipo de bigode é aquele usado pelo ator americano Clarck Gable do filme “E o vento levou...” É um tipo bem comum, pequeno, de poucos fios, muito como aqui no nordeste brasileiro.
Morsa – É um bigode cheio, enorme que cobre praticamente toda a boca. Assim como o do filósofo Nietzsche, o ator global Zé Abreu idem. E o nosso amigo santanense Robson ‘Cocada’ usa um desses. Creio que o nome é uma alusão ao animal com que os que usam ficariam parecidos.

Existem outros sites dedicados ao assunto. Aliás o do amigo Marques me parece ser do tipo nº 2 - Handlebar; já o do amigo Manoel se aproxima muito do tipo 3 - Pincel. Desnecessário porem, achamos fazer uma crônica inteira falando só de bigode. E ponto final.

Semana passada, deixei de compor uma outra crônica, que teria a palavra Conto e Desconto, entre outras, para confabular suas origens e formas de uso. Por exemplo: ‘Cobrir’ é verbo, e significa colocar algo por cima; ‘Descobrir’ também é verbo, e seria exatamente o contrário, revelar algo que estaria encoberto, escondido. Já ‘Conto’ e ‘Desconto’, são substantivos e tem significados bem adversos:

Conto: substantivo masculino, história fictícia; embuste; mentira; peta; treta; número, dez vezes cem escudos; parte inferior da lança; ponteira de um bastão;etc. (Fonte: dicionário priberam). Existe também o conto no sentido de contar, por exemplo, na frase “eu conto” o termo vira verbo.

Desconto: substantivo masculino, dedução, abate, ágio, quantia que se desconta; compensação,etc. (Fonte: idem,ibdem)

Eu daria por encerrado nosso papo por aqui, mas aí ficaria faltando a piada. Será que precisa mesmo? Vai isso aí...Pois o que está muito em voga no wathsapp são os famosos trocadilhos:

“O milho Verde é Amarelo

O Halls Preto é Branco
O quadro Negro é Verde
O cantos Belo é Feio”

E esses outros:

“O Machado era de Assis

A Rosa do Guimarães
A Bandeira do Manoel
Mas Feliz mesmo era o Jorge que era Amado”

E pra encerrar uns versinhos:

“Catinga de sapo, baba de Boi. PASSANDO PRA TE DEIXAR UM OI! Pentelho de Porco, bufa de Dragão. QUE NADA MACHUQUE O SEU CORAÇÃO! Couro de Piolho, espinhas de Tapuru. SAIBA QUE EU GOSTO MUITO DE TU! Dentes de Minhoca, umbigo de Besouro. VOCÊ PRA MIM É UM TESOURO! Canela de Calango, cuspe de Rola-bosta. SAIBA QUE TODO MUNDO TE GOSTA! Sovaco de peixe, lombriga de Mucuim. VOCÊ É MUITO ESPECIAL PARA MIM!“

Fabio Campos 16 de setembro de 2015