Não Importa Em Que Posição se Encontre: O"EX" EXERCE GRANDE PODER!

  • Fabio Campos
  • 12/03/2016 08:09
  • Fábio Campos

Ao nosso leitor avisamos de antemão que nossa crônica, não tem a intensão de enveredar pelo auspicioso caminho da política. Na verdade, estamos a nos referir ao poder que as duas letrinhas em destaque possui. Da capacidade que tem de mudar o significado de tantas palavras na nossa língua portuguesa. As duas letrinhas poderosas, podem se apresentar na forma de prefixo, ou sufixo. Se vier como prefixo se apresentará de dois modos; com hífen ou incorporadas à palavra. Vejamos os dois casos.

Com hífen primeiro: “Não existe “ex-fundador”. O prefixo “ex” serve para indicar que uma pessoa perdeu determinada condição, deixou de ser algo. Exemplo: ex-deputado; ex-governador; ex-presidente; ex-diretor etc. Também é comum seu uso diante de nomes que expressam ligações mediadas por contato; ex-sócio; ex-marido; ex-mulher. Para apontar a perda de uma condição: ex-namorado; ex-integrante de um grupo musical, ex-BBB, ex-militante do PT. Não são recomendáveis construções (linguísticas) como: ex-URSS ou ex-FEBEM.

Nesses casos específicos de entidades constituídas antecede o termo “antigo”: a antiga URSS; a antiga FEBEM. Não há como a pessoa perder a condição de fundador de um partido político ou de qualquer outra coisa. César Benjamim editor e fundador do PT em artigo publicado (recentemente na “Folha de São Paulo”) citou o termo ex-militante do PT. Alguém pode ser ex-petista, mas não pode apagar a história. Tendo sido um dos fundadores do PT, continuará mantendo essa condição. Fonte: by Thaís Nicoleti (com adaptações) no site: uol.com.br/dicas.de.português”

Sem hífen o “ex” incorporado a palavras, lembrei-me de Expedito, que é nome próprio. Um substantivo com “cara” de verbo. Pois o termo estaria a referir-se a algo despachado. As duas letrinhas tem o poder de destituir alguém de um cargo: Exonerar: aquele que não mais vai onerar, produzir encargos, gastos ou despesas. Exclamar: clamar com veemência etc.

E se, as danadas das duas letras, vier no final da palavra? Consultamos o dicionário Priberam.pt. [em 12.3.16] Aqui na web:

“Tríplex [do Latim: tríplex –icis, triplo dividido em três] adjetivo de dois gêneros e dois números e numeral multiplicativo; multiplicado por três+ tresdobrado, triplicado, tríplice, triplo; adjetivo de dois gêneros e dois números. Di-se de ou apartamento repartido por três andares reunidos por uma escada ou ligação interior. Diz-se de ou vidro especial composto de mica ou material semelhante entre duas lâminas de vidro.”

Temos também o carro “FLEX” que utiliza dois, ou mais, tipos de combustíveis. Você sabia que o primeiro veículo automotor “flex” foi inventado por Henry Ford em 1908! Mudemos o mote, para os nomes próprios. O leitor, e leitora, tem atentado para uma particularidade: os sobrenomes das pessoas (em especial os veiculados na mídia, nos mais variados encargos) como o estrangeirismo tem dominado! Em especial nas redes sociais: Kardashian, Burlarmaqui, Richthofen, Raymond, Massafera, Secco, Antonelli, Bolsanaro, Moro, Vaccari,Themer, Rousseff.

Até a década de 70, ainda infante, eu já observava como isso ocorria com os nomes dos nossos presidentes: Garrastazu Médici; Geisel, Kubitschek. Os ministros pareciam mais “Coisa nossa” [Cosa Nostra] como dizia a famosa modinha do saudoso maestro Erlon Chaves: “Copa do Mundo, Vatapá, Pelé, Mulher Bonita” na época eram coisas nossas. Assim como Jarbas Passarinho, Delfim Neto.

Tivemos sim o privilégio de ter um presidente com nome autenticamente brasileiro. Com direito a apelido incorporado: Luiz Inácio “Lula” da Silva. Um legítimo “da Silva” no poder máximo da nação!

Pra encerrar uma piada bem oportuna, nesse tempo de crises. Em que tem aumentado consideravelmente o número de ambulantes nas portas.

“O filho grita pra mãe: -Mãe tem dinheiro pra ajudar um homem que está gritando na rua! -Que gesto bonito meu filho. E o que ele está dizendo? -Quatro Cervejas por dez reais!”

Fabio Campos 12 de março de 2016