Na semana em que Pelé completa 75 anos de idade, ao ver o “rei” na tela da tevê, ternas lembranças de fatos do início da década de setenta me ocorreram. O Brasil ainda vivia sob a égide da ditadura militar. No comando da nação, mais um general oriundo da famigerada academia das “Agulhas Negras”.

“Emílio Garrastazu Médici assumiu a Presidência em 30 de outubro de 1969 e governou até 15 de março de 1974. Seu Governo ficou conhecido como "os anos negros da ditadura". O movimento estudantil e sindical estavam contidos e silenciados pela repressão policial. Nesse período é que se deram a maior parte dos desaparecimentos políticos e a tortura tornou-se prática comum dos DOI-CODIs, órgãos governamentais responsáveis por anular os esquerdistas. Tudo isso repousando sobre o aumento estrondoso da concentração de renda, dando-nos o título de país mais injusto do planeta. (...)a concentração de renda e da propriedade agrária agravou-se acentuadamente. Para esconder da população facetas negativas do governo, os índices oficiais de inflação foram manipulados. Lamentável é saber que o endividamento não se reverteu em distribuição mais equitativa da renda, mas serviu para custear obras faraônicas,(...) tais como a Ponte Rio-Niterói, a Transamazônica, a Usina de Itaipu, etc. Ao final do governo, as taxas de crescimento começavam a declinar. Deveu-se tal fato principalmente à Crise do Petróleo em 1973, que nos atingiu profundamente, uma vez que, nesse período, a maior parte do petróleo consumido aqui era importada. Fonte: yahoo/respotas byhttp://elogica.br.inter.net/crdubeux/hm”

Minhas rememorações, felizmente não foram de coisas lamentáveis como estas.  Recordei que minha mãe na época assinava a Revista “Renovação Cristã” que guarda até hoje. Num daqueles exemplares um artigo falava sobre a “Força do E”. A matéria trazia imagens e relatos sobre nossos campeões: Edson Arantes do Nascimento, conquistara junto com a seleção “canarinho” o tricampeonato de futebol em Guadalajara no México; Emerson Fittipaldi colecionou várias vitórias na fórmula 1;  Ester Bueno nossa mais consagrada tenista na categoria feminino campeã mundial por diversas vezes; Henrique Costa Mecking  o “Mequinho” campeão mundial  de xadrez. O último aqui, tem uma letra “H” no início da palavra, mas para todos os efeitos permanece aqui a “força do “E” uma vez que o “agá” não se pronuncia. Claro, a matéria era também para enaltecer o então atual presidente cujo prenome se iniciava com a letra “E”.

Na Bíblia vamos encontrar desde o Velho Testamento até os Evangelhos, referências sobre o poder e a força da palavra:

João Cap 1, vs 1” No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”

Mateus4:4:
"Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus."

E mesmo uma simples letra, ou sinal gráfico:

”Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido.” Mateus Capítulo 5, vs 18.

Em tempo, lembremos que o nome Jesus começa com uma letra Jota, mas somente em português porque em Hebraico e Aramaico (a língua falada por Jesus) seu primeiro nome se escrevia com “Y” ‘Yesu”, “Yehosua”, em Latim é escrito assim; “Iesus”. O que vem ratificar a inscrição I.N.R.I. no alto da cruz em Latim (língua dos romanos) que quer dizer “Jesus Nazareno Reis dos Judeus”

 A língua nos proporciona momentos indizíveis, literalmente. Consideremos ainda que existe uma gama de expressões não verbais o que possibilita a comunicação não verbal. Por exemplo, fixar uma fita rosa ao peito é como se disséssemos: “Lembre-se estamos no Outubro Rosa! Faça o exame de prevenção do câncer de Mama!” No próximo mês será a vez da fita azul. No mês de junho os funcionários, de muitas repartições receberão os clientes, com um chapéu de palha na cabeça, ou lenço colorido no pescoço, pra lembrar as festas juninas.

Mas o que vemos?  As redes sociais “engarrafadas”, congestionadas de milhares de mensagens, verbais, e não verbais, com palavras e “Motions”. Enquanto um gesto de carinho, um simples olhar fraterno, uma mão estendida, um abraço. São, o tempo todo, negados a alguém que está bem ali do nosso lado. Muitas vezes precisando daquela palavra, que “fria” e “calculista” viajou pelos cabos dos computadores.

Ora, apesar de tudo vamos sorrir. Piadas no whatsapp!

“Você sabe o que é o contrário de volátil?

Sei... Vem cá sobrinho.”

“Qual a diferença entre o lago e a padaria?

No lago há sapinho e na padaria assa pão.”

“– Oi linda, qual o seu nome?
– Julia
– Trabalha com o que?
– Artesanais
– Em metal ou madeira?
– Ah, desculpa. Escrevi tudo junto.”

“E na aula de Biologia, o professor pergunta:

Joaozinho! Quantos testículos nós temos?

Quatro professor …. Responde o menino sem pestanejar.

Quatro? Você ficou doido?

-Bem… Pelo menos os meus dois eu garanto!

Fabio Campos 28 de outubro de 2015