Quebra! Quebra guabiraba! Quero ver quebrar!

  • Redação
  • 08/02/2013 16:08
  • Fábio Campos

Alegria! Alegria! É carnaval! Crônica de carnaval a meu ver tem que ter a cara do carnaval. Tem que ser assim, sem pé nem cabeça. Sem começo nem fim. Tem que ser alegre, irreverente, cheia de molemolência, molemolejo, ginga, e balacobaco. O tema, é o próprio carnaval. É só pra contrariar. Outra coisa tem que passar informação, isso é essencial.

Temos na verdade a obrigação de conscientizar ao leitor, sobre a “Lei Seca”. Se pretende beber NÃO DIRIJA! Dizem por aí que o Brasil é o país das “Leis”. Muitas são criadas, e poucas são cumpridas. Independente dos jargões populares, não temos o “Direito”, de sair por aí com uma arma chamada automóvel, matando o povo, ao mesmo tempo praticando o suicídio.

Queremos relembrar que esta lei não é nenhuma novidade. Se a gente voltar no tempo, vamos ver que já existiu a Lei Seca em outros países, a exemplo dos Estados Unidos das Américas. “Na história dos Estados Unidos, a Lei Seca também conhecida como The Noble Experiment caracteriza o período de 1920 a 1933, durante o qual a venda, fabricação e transporte de bebidas alcoólicas para consumo foram banidas nacionalmente como estipulou a 18ª Aditamento da Constituição dos E.U.A. (...) Traficantes e comerciantes ilegais, como Al Capone, em Chicago, montaram grandes esquemas que lucravam com o consumo ilegal. A medida só seria revogada no governo de Franklin Roosevelt.(Wikipédia).

Momento cultural; Alguém já se perguntou: Por que será que “Tudo junto” se escreve separado e “Separado” se escreve tudo junto?
Por que será que uma pessoa ao ser entrevistada, numa última pergunta que exige uma confirmação, temos a mania de respondermos incólumes ao repórter:
-“Com certeza!”.
Por que será que um técnico, ou especialista ao ser entrevistado não consegue se livrar do jargão:
“-Ao nível de...” 

Eu avisei que crônica de carnaval é doida. Eu mesmo, ao tempo que escrevo, curtimos uma sequência de frevos, do cantor e compositor Alceu Valença no DVD. Na mesma mídia tem Morais Moreira, Claudionor Germano, Dodô e Osmar e tantos outros que leva-nos as lágrimas de tanta emoção! É bom de mais! Bom demais!

Ao ler a crônica de meu amigo Remi Bastos que relembrou da gênesis do Bloco “Pau D’árco” fez-me relembrar de outros momentos carnavalescos. Aqui vou rememorar ao menos dois deles:
Primeiro uma marchinha que os mais novos podem até conhecer, mas só os “Cinquentinhas” vivenciaram:

“Quebra, quebra guabiraba/quero ver quebrar/Quebra lá, que eu quebro cá/Quero ver quebrar/Essa noite eu não dormi/ Só pensando em ti/ Vou deixar de ti amar/ pra poder dormir/Papai não quer/ Mamãe fica zangada/ De ver a sua filha/ Quebrando guabiraba.” 

Nosso amigo “Banda Mel” excelente profissional no ramo da vidraçaria. Quando chega o carnaval deixa o trabalho. Esquece os problemas, as dívidas, as contas a pagar, e cai na gandaia. E eis que num determinado carnaval, lá estava meu amigo “Banda Mel” bêbo bosta! Quarta-feira de Cinzas, o dia amanhecendo. Ele levantando-se da calçada, encandeado pelo sol que veio lhe acordar. Boca seca, uma sede do tamanho do rio São Francisco. Nisso, ele avista uma mulher que vinha vindo pra igreja matriz de Senhora Santana, assistir a Missa das Cinzas. Ela vai levando uma imagem do Padre Cícero pro padre benzer. “Banda Mel’ sentado na calçada, abrindo só um olho, suplica:

-Ô Dona me dê um gole dessa Coca Litro!

Fabio Campos 08.02.2013 No blog fabiosoarescampos.blogspot.com Conto carnavalesco: “Máscara Negra”