Qué áico, táico ou qué que mui?

  • Fabio Campos
  • 12/03/2013 19:29
  • Fábio Campos

E lá vamos nós dando novos vôos rasantes por sobre as peripécias da língua. Na Escola Municipal da Educação Básica Senhora Santana, onde trabalhamos, estamos tendo uma orientação de como trabalhar em sala de aula com educandos especiais, pois já faz parte de nossa realidade. Ano passado estivemos participando de um treinamento em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).  

Interessante que na língua de sinais, assim como na língua verbal (falada e escrita) existem palavras parecidas, mas com significados diferentes, existem também determinados sinais muito parecidos com significados adversos. Por exemplo, pedir uma caneta esferográfica emprestado, pode ser confundido com fazer sexo oral. Já vimos comerciais de TV, que abordam a temática, em que pessoas passam por situações constrangedoras por não dominarem o mínimo de um idioma e se inventam de improvisar. Há até um termo para designar aqueles que “arranham” o idioma espanhol e misturam com o português é o “Portunhol” ou “Portanhol” (uma interlíngua, que mistura termos do português com termos do Castelhano e Espanhol) o Portunhês uma variante que mistura português com inglês. Eis um exemplo clássico de portunhol: 
“Olha me dá um buelo!” 
“Mira dame uma torta!” (Castelhano)(Fonte: wikipedia.com.br)
Nós, os lusófonos, temos uma tendência de achar, que basta tirar o “o” e  acrescentar, as letras “ue” no meio de determinados termos que “vira” espanhol: Bolo = Buelo (ê);  Copo = Cuepo (ê) ; etc.
Aqui na internet, digitamos “portunhol” e surgiu um monte de sites especializados. Eis alguns termos em castelhano que diferem totalmente de nossa língua, na escrita, e na pronúncia:
CASTELHANO  - PORTUGUÊS
Despido – Demitido
Embarazada – Grávida
Largo – Comprido
Vaso – Copo
Polvo – Pó
Estofado – Refogado
Exquisito – Saboroso
Apelido – Sobrenome
Língua tem suas variantes como o castelhano, dentro da língua espanhola, é uma sub-língua. Sub-linguares diferem de sotaques que são trejeitos, no modo de falar. O jeito do gaúcho, difere do modo do nordestino de falar. No nordeste por sua vez, ocorre também os vício de linguagem (desvios da língua formal e informal) e pra ilustrar isso, contamos aquela velha piada do barbeiro que ao terminar o serviço perguntou ao cliente:
“Qué áico, táico ou qué que mui?”
Que traduzimos. Na verdade o barbeiro queria saber a assepsia pós-barba, como devia fazer: 
“Quer que eu coloque: Álcool, talco ou quer que molhe?” 
Fabio Campos 11.03.2013 Breve no fabiosoarescampos.blogspot.com o Conto “Esquizofrenia – Choppin”