E aí? Morou na jogada?...

  • Fabio Campos
  • 25/03/2013 13:04
  • Fábio Campos

A Escola Estadual Mileno Ferreira, atrelou ao início desta semana santa, uma jornada pedagógica .  Mas afinal o que é uma jornada pedagógica? A coordenação tratou de trazer à pauta, o significado real do evento: “Jornada Pedagógica é um espaço de trabalho coletivo em que os educadores e educadoras dialogam sobre as práticas cotidianas da escola e realizam o planejamento do ano letivo com base nos Parâmetros Curriculares e nas diretrizes da Secretarias de Educação, a qual a escola esteja vinculada”.  

De onde vem mesmo a palavra Jornada? Vem do Latim, jorn, jorno - diurno – caminho que se anda num dia; viagem; trabalho de um dia; salário de um dia =jorna; Bom dia em italiano Buon Giorno!  (Fonte: dicionário Priberam). Com certeza daí vem a palavra jornal. Pedagógica por sua vez, vem do radical ped;  ped(a) ou ped(o) = criança; pedagogo(a) aquele ou aquela que se especializou para cuidar e educar crianças (Fonte: idem,ibdem).  

A jornada na escola, contou neste primeiro dia (26.03) com a presença da psicóloga Dra. Ana Paula, que proferiu palestra sobre autoestima. “Em psicologia, autoestima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau. – Fonte: Wikipédia.com.br”

Tem palavras que deixam dúvidas quanto ao gênero. Jornada, pedagógica, autoestima (que depois da reforma ortográfica não necessita mais de hífen), atitude, motivação são todas palavras do gênero feminino. No entanto estas outras aqui, deixam certa dúvida:

O Ápice ou A Ápice?

O Clã ou A Clã?

O Champanhe ou A Champanhe? 

Ápice e Clã são substantivos masculinos, portanto só admitem ser antecedido pelo artigo masculino (o, os, um, uns, etc.). Champanhe é um vinho (originário da cidade de Champagne na França, esta sim, nome de cidade, admite o artigo feminino) portanto, também só admite o artigo masculino. Não existe “a” Champanhe.

Algumas hortaliças também são motivos de dúvidas quanto ao gênero. É só não misturar alho com bugalhos. Portanto diga: A alface, A couve-flor e O tomate! Certas doenças também polemizam o tema. A Dengue ou O Dengue; A Cólera ou O Cólera? Ora, meu caro nesses casos não há motivo pra dúvida: Se se tratar da doença é claro que admitirá somente a antecipação do artigo feminino. No caso seus agentes etiológicos (vetores, ou causadores do mal) “o” vírus, “o” vibrião, ou “o” mosquito, nesses casos admitir-se-á o artigo masculino = O!

“A palavra Cólera, em português é feminina, tanto exprime sentimento de ira, raiva, fúria, quanto designa a doença produzida pelo vibrião colérico. (...) Do grego Kholé bile, e do latim cholera, acreditava-se que o excesso de bile tornava a pessoa mal-humorada.

E enfezado! Você sabe o que significa? Cheio de fezes! Isso mesmo! Portanto a alguém enfezado não e hesite em recomendar:

-Vá à merda! Que é o mesmo que “Vá cagar!”

Pra encerrar duas historinha sobre interpretação de palavras:

Dois pescadores, numa noite fria, se aqueciam a uma fogueira. Um deles contou:

-Na minha terra é tão frio que lá, numa noite como esta cheguei a urinar cubinhos de gelo!

-Ah! Isso lá é frio!  Frio é na minha terra! Noite de inverno a gente tem que esquentar as palavras, pra saber o que o outro falou.

Já meu amigo Tonho Neguinho lá de Senador Rui Palmeira, foi a capital. Entrou num restaurante pra almoçar com a família. Na hora da sobremesa, antes de servir doce, o garçon polidamente, fez-lhe a pergunta:

-O senhor é diabético?

-Não. Sou de Senador Rui Palmeira.

-O senhor não “morou” na jogada!

-Não. Morei em Olivença.

Fabio Campos 26.03.2013 No Blog fabiosoarescampos.blogspot.com o Conto: “Sanctus Dies Santis”