Os americanos, deles mesmos, mereciam ganhar o Oscar de “Maiores Cara-de-Paus do Mundo”. Diante do que vimos, ouvimos e do que achamos:

“O governo abriu uma investigação para apurar as denúncias, feitas pelo jornal O Globo, de espionagem eletrônica americana em solo brasileiro. O governo americano promete ajudar a esclarecer através de contatos diplomáticos, mas se recusa a comentar o teor das acusações. 

O jornal O Globo revelou a existência de um esquema de espionagem de telefonemas e e-mails montado pelos Estados Unidos. No Senado, a Comissão de Relações Exteriores vota na terça-feira (9) convites para ouvir autoridades e acompanhar as reações do governo.

Nesta segunda-feira, a presidente falou sobre o caso pela primeira vez. “Se houver participação de outros países, outras empresas que não são brasileiras, seguramente é violação de soberania e de direitos humanos. Agora temos que, sem precipitação e pré-julgamento, investigar. A posição do Brasil é muito clara e muito firme: nós não concordamos de maneira alguma com interferências desta ordem, não só no Brasil como em qualquer outro país, afirma Dilma.” (fonte: G1.com)

Ora minha querida presidenta! Violação de soberania nacional? Pra cima de Muá? Mas isso, já não vem ocorrendo há muitos anos? Só pra clarear as ideias: A utilização dos recursos naturais da amazônia?  Consideremos também que não temos um carro, um tênis, uma calça, um refrigerante, se quer um sanduíche exclusivamente nosso. Inclusive este meio de comunicação que ora usamos, não depende 100% deles? Daí temos que colocar o “www” antecedendo cada vez que acessamos um endereço cibernético.

Pegando carona no título da crônica, vamos enfatizar os avisos que costumamos encontrar nas repartições públicas e privadas. Outro dia o professor Marcello Fausto nos enviou um e-mail engraçado, sobre avisos paroquiais colocados nos murais da igreja. Estes, por exemplo, achamos muito engraçado:  

“Avisos aos Paroquianos:    

1-Para todos os que tenham filhos e não sabem, temos na paróquia uma área especial para crianças;
2- O torneio de basquete das paróquias vai continuar com o jogo da próxima quarta-feira. Venham nos aplaudir; vamos tentar derrotar o Cristo Rei!;
3- Quinta-feira que vem, às cinco da tarde, haverá uma reunião do grupo de mães. Todas as senhoras que desejem formar parte das mães, devem dirigir-se ao escritório do pároco.”

Em 1980, à convite de Juarez, encima dum caminhão, junto com os romeiros, rumamos a Juazeiro do Norte no Ceará (até fizemos crônica disso) porém não contamos que naquela ocasião, encontrei um aviso inusitado (conte quantas palavras corretas havia nele), era nestes termos:

“E inproibido risca di caneta nomis de pesoas nas paredis, ta bem não coloca fintia de santu nas imagis, Não joge lixo no xão “

Sobre o tráfico de influências citado no início, lembramos de Zé Lezin (personagem do humorista  Nairon Bareto). Dizia ele que Vicente nas suas andanças pelo sertão, pra arrumar namorada mentia muito. Acabou dizendo a uma delas, que era gerente do Banco do Brasil, em Serra Talhada – Pernambuco, quando a menina foi pela primeira vez a cidade, com o pai receber o dinheiro da aposentadoria, lá estava Vicente, exercendo sua função de Vigilante no banco. O pai da menina se aproximando perguntou:

“-Ô Seu Vicente ? E o senhor não falou que era o gerente do Banco?

-O senhor disse certo! Era! Depois dumas investigações e umas interferências. Aí mudaram tudo! Gerente caiu pra vigilante! Vigilante subiu pra gerência! Pense na bagaceira!”

Fabio Campos 09.07.2013  No fabiosoarescampos.blogspot.com, Conto inédito: “Ruas de Santana”