Não é para menos, o prolongamento da seca já prevista pelos metereologistas, unidas a falta de organização de "governos", sem generalizar é claro! Tem trazido situações de extremo conflito no sertão alagoano, e como se não bastasse o sertanejo assiste também a falta de investimentos na única Companhia de Abastecimento de Água e Saneamento - CASAL, que vem gerando um verdadeiro caos.

Durante toda a semana os meios de comunicação dão conta de uma demanda de reclamantes, que usam a radiodifusão de suas cidades para desabafar a precariedade do abastecimento e as manobras de distribuição que, favorecem a poucos em detrimento de milhares usuários do sistema. No programa de convivência com a seca e enfrentamento dos danos deixados pela mesma, percebe-se um verdadeiro jogo de empurra, quando o Governo Estadual anuncia ações, e os sertanejos presenciam outra realidade muito dura.

O assunto é polêmico, e cada um com os seus interesses. Pelo precioso líquido, já foi registrado conflitos até armado em Santana do Ipanema, quando em plena "Semana Santa", um morador daquele município deferiu tiros contra um parente pelo simples fato de o outro controlar a cisterna comunitária daquele lougradouro. Fatos que assustam, e que deixa a todos indignados, pois enquanto isso, as peças publicitárias aparecem mais que os planos de ações emergenciais. Vereadores de situação e oposição se degladiam em cada sessão, e o povo em busca de soluções do executivo que, por sua vez reclama dos recursos cada vez mais excassos e com dificuldade de acesso. Vez ou outra ouvimos os reclames da população sertaneja, que denuncia a manipulação na distribuição por interesses eleitoreiros, em quase todo o sertão.

Dentre as medidas paliativas, o abastecimento é feito pela Defesa Civil dos municípios sertanejos. Até lá é rezar para que "Padim Ciço", possa interceder ao criador por chuvas urgentes, e que a mesma possa encher cisternas, barragens e riachos, minimizando o sofrimento desses desprovidos da sorte e de políticos mais comprometidos.