O anúncio dado por prefeitos (as) da região sertaneja em não realizar a festa Carnavalesca este ano, tem causado polemicas em cidades interioranas de Alagoas.  Alegando falta de recursos mediante a crise financeira que assola os municípios os Gestores tomaram a decisão de não contratar bandas para o evento, e manter as contas em dia, contrariando os anseios de foliões e lojistas, que investiram na venda de fantasias e apetrechos para o evento mais esperado do ano, a festa Momo.

Os foliões e organizadores de Blocos se pronunciam nas redes sociais atacando os prefeitos pela decisão equivocada, segundo os mesmos os prejuízos serão enormes e sentidos pelos que fazem do Carnaval um período de trabalho para complementação da sua renda doméstica com a venda de bebidas e recepção de turistas em alguns pontos do sertão.

Em Santana do Ipanema, especificamente há uma polêmica a parte, devido a suspensão da Programação de Carnaval pelo Gestor o grupo de oposição pretende patrocinar a festa, doando um Mini Trio Elétrico pertencente a família “Bulhões”, e busca apoio de empresários ligados aos mesmos para realização do evento com a participação de “paredões” convidados.

A ideia esbarra na autorização do espaço público que deverá ser concedida pela situação, representada pelo prefeito Mário Silva – PV, que orientado pelos assessores se mostra irredutível quanto a permissão, segundo fontes da própria administração. Sendo assim, os foliões e comerciantes dançam o verdadeiro “samba do crioulo doido”, sem definições quanto o que fazer para se divertir e lucrar.

Tradicionalmente o Carnaval em Santana tem um misto de farra e de articulação política, é um espaço onde grupos da política se reúnem para suas articulações e na ressaca da farra se declaram pretensões na conquista, manutenção ou volta ao Poder.