Morre Valter Camburão. "De morte morrida, todo dia um pouco".

  • Valter Filho
  • 23/10/2014 08:01
  • Valter Filho

Aos setenta e cinco anos de vida bem vivida, tive que me despedir daquele que era apelidado de Valter Camburão, Valter Leão, Valter Guerreiro. Os apelidos estranhos, mas carinhosos dados pelos que o conhecia de perto. Valter Alves de Oliveira, funcionário público federal (aposentado) do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – DNOCS teve uma história de muita luta, pois com apenas catorze anos de idade recebeu a missão de cuidar dos irmãos mais novos a pedido do seu pai Antônio Alves Oliveira no seu leito de morte.

Ao ver anos após suas irmãs e irmão emancipados, casou-se com uma viúva Maria Helena Oliveira (Dona Nirinha), a qual lhe deu seis filhos inclusive eu o mais velho dos homens, que carrego o seu nome. Há doze anos acometido de diabetes, vivenciamos em família o trauma de ver nosso pai muito vaidoso, sendo retalhado aos poucos, perdendo os membros inferiores e tendo uma cadeira de rodas como consolo.

Nada a reclamar, e sempre fazia piada da situação. Homem bem humorado, que nunca o ouvi ou mal dizer a vida, pois para o mesmo “vida é prá viver!” Era um humorista nato, tipo versão masculina de Dercy Gonçalves, a qual era fã pelas palavrinhas e palavrões acentuado, creio eu que ao se encontrarem a piada vai correr solta. Um dos orgulhos era dizer que viajou com a empresa em quase todo o nordeste na década de 1970, ajudando a construir diversos açudes principalmente na região do Ceará, e o açude de Santana do Ipanema “Riacho do Bode”, além da Ponte Sobre o Rio Ipanema, ligando Santana a Olho d`Água das Flores. Eu, Valter Oliveira Filho, em nome da família Oliveira, agradeço aos inúmeros telefonemas e mensagens de apoio de todos.

Abraço a todos.