Expectativa da passagem do Cometa ISON

  • ALMEIDA, Haroldo O.
  • 31/05/2013 23:02
  • Haroldo Almeida

O cometa ISON 2012 (ou C/2012 S1) promete dar um grande espetáculo para os observadores dos céus de todo planeta, em sua primeira passagem no sistema solar, no periélio que é o ponto mais próximo ao Sol. Sua descoberta é atribuída a dois astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok em 2012 que atuam no International Scientific Optical Network, onde a sigla da instituição batiza o cometa.

Acreditasse também que este será o “Cometa do Século”, por causa da possibilidade do seu brilho ser tão intenso que poderá ser visto por vários dias, e em alguns deles em pleno dia, chagando a amplitude luz refletida ser tão intensa quanto a que a Lua reflete.

Os cometas são formados por gelo, como também gases ou poeira estelar. Geralmente eles vêem de uma região muito afastada do Sol, chamada de Nuvem de Oort (que é semelhante a uma bolha protetora do Sistema Solar), que esta a 50.000 UA, (uma UA, é Unidade Astronômica, equivale a 150.000.000 de quilômetros que é semelhante a distancia da Terra ao Sol). Para entender melhor, vamos transformar o Sol para um tamanho de um grão de Areia, então este pequeno objeto que representa a nossa estrela teria uma influência de 500 metros diâmetro formando uma bolha protetora, e os planetas ficariam em uma órbita que a maior delas não passaria de um raio de 50 centímetros.

O ISON 2012 vem desta distância muito grande em sua primeira jornada em torno do Sistema Solar, ainda não se sabe como o Sol vai influenciá-lo, pode ser que a gravidade o parta e vários pedaços ou mesmo o calor emitido pela nossa estrela principal o descongele totalmente, uma coisa é certa a sua trajetória não acarreta risco de colisão com a Terra, informação confirmada pela a Agencia Espacial Americana (NASA). O tamanho do cometa é estimado ser bem maior que a Austrália, e estando arremessando mais de 50 mil quilos de poeira por minuto no espaço, poeira esta que poderá atingir a Terra e Janeiro de 2014, mas as partículas são muito pequenas e não tem a possibilidade de ter as famosas chuvas de meteoros ou as populares estrelas cadentes, segundo o renomado pesquisador canadense Paul Wiegert, (que particularmente espero que ele esteja equivocado).

Então já que nosso planeta não esta correndo riscos com este cometa, agora é torcer para que a Gravidade do Sol não faça o ISON se destroçar em vários pedaços e que a partir de Novembro poderemos contemplá-lo.

*Haroldo Oséias de Almeida – Astrônomo Amador