A praça dos brinquedos ( a qual foi palco de reivindicação de moradores na justiça para cobrar a calçada na lateral), está belíssima e cheia de charme. A sua inauguração foi aproximadamente há vinte dias em São José da Tapera e de lá pra cá, tudo mudou. Com muita empolgação a praça fica repleta de crianças que trocam temporariamente as suas casas por momentos de alegria ao estarem de posse dos brinquedos elaborados pelo arquiteto João Almeida. O vento que antes levava a poeira naquela localidade, agora se encarrega de distribuir os gritos de alegria da criançada no mais novo espaço público destinado a elas. 

Mayara de 11 anos (que sofreu uma queimadura em seu braço direito),  demonstra com um sorriso  no rosto o quanto está feliz brincando na Praça. " Todos os dias eu peço a minha mãe para vir brincar aqui. Eu brinco tanto que esqueço do meu braço doente", disse.

Mas, nem tudo é alegria. Alguns Jovens descompromissados e sem respeito social estão aproveitando o espaço das crianças, para, junto com seu “bando”, brincarem todos de uma só vez nos balanços e cadeirinhas arquitetados exclusivamente para as crianças, e ainda postam em seus Facebook, como se isso fosse algo bom, que dê orgulho tanto aos seus pais quanto aos taperenses.

Nesse curto espaço de tempo, uma gangorra, uma cadeirinha de balanço e os puxadores de dois balanços de madeira estão quebrados. A postura deselegante desses jovens tem que ser evitada, e poderia, se o comandante da Guarda Municipal de São José da Tapera ficasse mais atento. Seria viável a nomeação de alguns dos Guardas Municipais para fiscalizar esse ato de vandalismo ocorrente frequentemente na praça dos brinquedos. Talvez, essa decisão não tenha sido tomada devido à ausência de alguns guardas que são apadrinhados por políticos do município que, se ausenta de sua função a qual prestou concurso público para estudar fora de São José da Tapera ou talvez para exercer outra função paralela com o seu trabalho.

As crianças ainda têm outros “inimigos”. Um dos escorregadores está muito mal acabado. Ao escorregarem, as crianças têm as suas roupas danificadas porque o piso feito de cimento não é liso. No segundo escorrega, a base que o sustenta fica a mostra e os pés e bumbuns das crianças são machucados ao descer em suas brincadeiras inocentes. Alguns já temendo o perigo, descem bem devagarinho e ao chegar ao final do escorrega pulam na tentativa de evitar os machucões.

De acordo com o arquiteo João, os brinquedos foram  quebrado três vezes pelos usuários da praça.  " Mais uma vez a questão de educação, pois já contei 10 pessoas em uma gangorra. Será reposto pela quarta vez e sei que terá que sempre ser reposto.O complicado é que não podemos estar a mercê daqueles que destroem o patrimônio público. Falta educação e os responsáveis tem que cuidar disso. É  triste ouvir o que ouvimos ao repreende-los.  "Isso aqui é público, nem você nem ninguém manda!" infelizmente é a "educação de parte de nosso povo. Com relação aos brinquedos quebrados e os escorregas, já entrei em contado com as empresas para tomarem as devidas providências", afirma.

Se uma postura mais séria não for adotada em sociedade, ficará difícil zelar do bom e eficiente trabalho do nosso arquiteto João, e conservar os bens públicos de nossa cidade para torná-la cada vez mais bela.