Conselheiro denuncia irregularidades de eleição para Conselho Tutelar de Carneiros

  • Gracinha de Souza
  • 04/11/2015 08:33
  • Blog da Gracinha

As eleições que ocorreram no último dia 4 de outubro para a escolha dos novos Conselheiros Tutelares de Carneiros, vêm gerando muita repercussão na cidade desde que o Conselheiro Tutelar Alan Carlos Gomes da Silva juntou vários documentos que comprovam as irregularidades ocorridas no dia do pleito em seu município.

De acordo com o conselheiro que disputava a reeleição, as provas das irregularidades estão em sua posse para levar até o Ministério Público no sentido de pedir a anulação da eleição e uma nova e justa eleição seja realizada o mais breve possível. Ele afirma que houve, no processo eleitoral, o desaparecimento de uma urna que foi percebido no ato da lacração na sede da Secretaria de Assistência Social, no dia 02 de outubro, e que, inclusive, um B.O relatando o desaparecimento da urna só foi feito após o pleito.

Alan conta que como se não bastasse essa irregularidade, um caderno de votação faltando nomes de eleitores nas seções A, B e M, e inclusive o nome do próprio candidato a reeleição Alan Carlos Gomes da Silva, também não constava na relação quando ele foi votar.

“Só providenciaram outros cadernos depois da descoberta desta fraude, consequentemente após vários eleitores irem embora, prejudicando assim o resultado do processo de escolha para o Conselho Tutelar. Isso não é justo nem para mim que disputei a reeleição, bem como para meus companheiros que disputavam o pleito, sobretudo, para a sociedade carneirense,” afirma. “Na seção M, por exemplo, o constrangimento com os eleitores foi de total descaso, só com a chegada do MP a seção mudou para outro colégio, mas a situação não melhorou. O caderno de votação precisou ser dividido para tentar acelerar, mesmo assim, muita gente não votou, pois deveria ser distribuída em, no mínimo, três ou quatro seções. Com isso, 50% dos eleitores não votaram, “ explica Alan Carlos. 

 De acordo com Carlos, os carros não credenciados pela justiça eram vistos pela cidade carregando eleitores livremente sem ninguém tomar nenhuma providência. Já na apuração dos votos, o número de votos contados não batia com o caderno de votação. As denúncias dos candidatos a conselheiros tutelares se estende ainda a ausência de policiamento e da Guarda Municipal, após o fechamento dos portões, que ocorrem às 17h, visto que o encerramento da votação só se deu por volta das 20h.

“Eram muitas as irregularidades! Tinha possíveis cédulas sem a assinatura da Presidente do Conselho Municipal, só com o carimbo. Eleitores entrando nas cabines de votação com bolsas e celulares, pessoas sem credencial circulando livremente pelas sessões eleitorais. Total despreparo por parte de alguns mesários, inclusive da letra M, onde eleitores passavam até mais de 5 horas na fila para pode votar, havendo assim muita desistência por parte dos eleitores,” revela.

Os conselheiros Juliano Santana da Silva, Elieide do Nascimento da Silva, Janeide dos Santos Barbosa também fazem parte do grupo de conselheiros que apresentarão as denúncias ao promotor de justiça da comarca de São José da Tapera, Luiz Tenório.