Um chamado da central de Serviço de Atendimento Móvel (SAMU) marcou, para a equipe de plantão de São José da Tapera, o primeiro parto do ano de 2016 na manhã do último domingo (03) quando uma gestante, moradora do Bairro Dez, por volta dás 6h10min da manhã acionou o SAMU e relatou sentir fortes dores e que estava em trabalho de parto, ou seja, com a bolsa amniótica rompida.

De acordo com o socorrista Adlian Lima, ao serem acionados, imediatamente a equipe do SAMU foi realizar a ocorrência e ao chegar na localidade, se depararam com a gestante em trabalho de parto, realizando todo o procedimento. Logo após, a criança e a mãe do bebê foram encaminhadas para a Unidade Mista Ênio Ricardo Gomes, UMERG da cidade.

“Essa foi a primeira ocorrência do ano de 2016 e o olhar da mãe em nossa direção, falava mais que palavras. Senti a sensação de que ela, pelo olhar, me falava: eu confio em você!” revela emocionado Adlian Lima, mesmo sendo veterano na prática.  “Elas se entregam de corpo e alma. A sensação é de dever cumprido, sempre! Até a central de regulação médica vibra quando a gente faz a telemedicina,” comemora o socorrista que no mesmo dia, postou uma foto com o bebê em sua rede social.

Com um sorriso desconfiado, um lenço floral no cabelo e calçando uma havaiana azul, dona Geovana Maria Bezerra vem a porta e, de forma tímida, começa a falar sobre seu parto. Com uma voz serena ela conta que no momento em que sentiu as fortes contrações estava no meio do quintal varrendo o terreiro. E ao entrar em casa, ligou para o hospital informando que estava em trabalho de parto. Ela imediatamente foi orientada a ligar para 192 e pedir socorro.

 “Eu tava varrendo o quintal e senti um negoço em mim. Promode eu não cair no terreiro, entrei pra dentro e fui me deitar. Foi só o tempo deu ligar pro hospital e o povo lá mandar eu ligar pra 192. Foi eles chegando e eu parindo,” revela dona Geovana Maria Bezerra, segurando a pequena Alice Mikaely, vestida em uma linda blusa rosa.

De acordo com a coordenadoria da base descentralizada da SAMU, enfermeira chefe Rosiete Lima, conhecida como Bobô, histórias como a de dona Geovana aconteceram em 2015 e todos os casos as gestantes tiveram sucesso em seus partos. Ela conta ainda que um relatório geral será entregue a central ainda este mês sobre esse tipo de ocorrência. Bobô disse ainda que sua equipe está preparadíssima para a supracitada ocorrência e que, até o momento, nunca uma gestante perdeu seu filho por complicações de parto que envolvessem uma falta de preparação dos socorristas de São José da Tapera.

“Eu costumo dizer que uma gestante é uma caixinha de surpresa. Não sabemos o que poderá acontecer, mas todos eles estão aptos para atenderem gestantes. Lógico que, a princípio, existe um impacto quando você sai da teoria e vai para prática, mas isso acontece em todos os setores. Entretanto, eles já são veteranos e sabem agir,” afirma a coordenadora, explicando que todos os procedimentos são acompanhados pela central de Serviço de Atendimento Móvel. No acompanhamento da gestante  dona Geovana, por exemplo, um médico passou todas as instruções que os técnicos adotaram na ocorrência como de costume.

A base descentralizada do SAMU de São José da Tapera cobre toda região sertaneja e disponibiliza de um ambulância. A equipe é formada por 11 socorristas e 6 condutores socorristas que também estão aptos a prestarem pré-atendimentos, exceto procedimentos invasivos, ou seja, punção venosa com aplicação de medicação.

Técnico socorrista:

Rosiete Maria ( coordenadora)

Adlian Lima

Eleilton Lima

Damacio Pereira

Esmeria Silva

José Valmir

Loyse Fae

Michelly Cardoso

Neyla Vieira

Rosângela Silva

Wedylla Dayara

Condutores socorristas:

Edmilson Telécio

Egnaldo Marias

José Luiz

Laercio Ricardo

Lindomar Soares

José Fledjey.