Em uma cidade que pouco se investe no esporte, raramente se pode sonhar em ser um atleta. O sonho fica depositado apenas nas referências dos grandes jogadores que, em sua terra natal, são titulados celebridades. Em São José da Tapera, não poderia ser diferente. Os apaixonados por futebol, que têm os jogadores Cleyton Xavier, Nem, Galeguinho e Andre Medeiros, dentre outros jogadores, como seus ídolos, além do sonho de serem mais um dos grandes vencedores no futebol taperense, veem na escolinha de futebol Infanto-Juvenil Góis é Góis uma grande possibilidade de ser um jogador profissional. A garotada que constantemente aparece nos treinos fica maravilhada com a chance de ser os mais novos “chuteiras de ouro”.

Foi pensando em revelar talentos que o ex jogador Juvenil do Guarany Futebol Club, Aluizio Góis, resolveu montar um time infanto-juvenil para dar a oportunidade às crianças e jovens que têm como paixão o futebol. Em entrevista, Góis, (sobrenome de sua família e nome do time), revela que vem colecionando vitórias desde 2009 quando o seu time foi campeão da taça José Timóteo Bezerra.

ENTREVISTA

Como surgiu a ideia de montar uma escolinha de futebol infanto-juvenil?

R. Mesmo tendo outras profissões, fui jogador durante toda a minha vida e sempre tive o esporte como uma referência para disciplinar. Joguei no Guarany por 16 anos, sendo o início aos 14 anos no juvenil, onde fui até o time principal aos 18 anos. Depois joguei até os 30 anos no Clube Atlético São José, ambos de São José da Tapera. Assim, a ideia surgiu pelo fato da minha identificação com o esporte, pela carência de um time na cidade e por observar um número crescente de crianças talentosas na região.

O nome Góis é Góis foi escolhido por qual motivo?

R. Uma homenagem ao meu falecido pai. Meu pai foi uma pessoa muito importante tanto em minha vida quanto na de muitos taperenses.

Quantos campeonatos seu time Góis é Góis já participou? E quantos ganhou?

R. Participamos de três campeonatos: Campeão 2009, vice-campeão 2010 e Campeão em 2011.

O sucesso do seu time foi fundamental para você resolver montar uma escolinha de futebol infantil?

R. Com certeza foi uma grande motivação. Mas, o fato de outras crianças me procurarem para também fazer parte da nossa equipe foi um fator decisivo. Os pais deles quando me viam na rua falavam: “Góis, vou matricular o meu filho na escolinha!”.

Quem pode participar?

R. Todas as crianças que tenham uma boa condição física e que não tenham nenhum tipo de recomendações médicas que as impeçam de praticar esportes. São crianças de uma faixa etária de cinco a dezessete anos.

Em que categoria são divididos os times?

R. 5 A 7 ANOS, 8 A 10 ANOS, 12 A 14 ANOS, 15 A 17 ANOS.

Em seus uniformes vemos algumas propagandas de lojas de São José da Tapera. Você os considera seus maiores parceiros?

R. Sim. Tenho o comércio de São José da Tapera como uma principal parceira pelo fato de que sempre quando eu os procuro eles não me deixam na mão. Me apoiam em tudo desde o início.

Como você se sente sem apoio da Secretaria de Cultura De esporte e Lazer de São José da Tapera?

R. Em breve faremos o lançamento oficial do projeto que estou idealizando há anos. Espero contar com o apoio direto desta secretaria para que juntos possamos levar o esporte às escolas e às crianças e adolescente de São José da Tapera. Sabemos o quanto os esportes são bons para elas e o quanto gera oportunidade de vida e profissão.

Qual o seu objetivo para o futuro?

R. Meu objetivo é construir um Centro Esportivo-Educacional no qual possa integrar crianças de todos os níveis econômicos.

Você se sente como um incentivador do esporte para essa nova geração que vê no futebol uma futura profissão?

R. Sim. Sabemos o quanto o futebol é importante na vida de um jogador para torná-lo atleta e o quanto portas podem se abrir para eles. Temos várias referências positivas em nossa cidade e a garotada sabe disso, e cada vez mais se dedicam com um sonho de um dia serem eles os grandes craques de São José da Tapera. Quando eu estou cobrando deles em campo, sou exigente, mas eles sabem que é para o bem deles. Com essa minha postura estou preparando para que eles sejam os melhores. Traçar um futuro em campo a gente traça todos os dias em treinos, mas sabemos que as oportunidades são daqueles que veem nesse esporte uma dedicação diária e tem que ser o melhor entre todos. E pode ter certeza que já temos craques para representar bem nossa cidade, nosso estado.