Região Sertaneja começa o ano com água em suas torneiras

  • Redação
  • 07/01/2013 12:20
  • Blog da Gracinha

Depois de quase uma semana sem água devido a um incêndio ocorrido na subestação da CASAL, da Bacia Leiteira, a água chegou normalmente nas torneira dos taperenses que há mais de uma semana tomavam banho de “cuia” e de balde em balde, abasteciam suas casas.

De acordo com o gerente da Bacia Leiteira, José Arnaldo, a causa do incêndio foi devido ao alto aquecimento na operação forçada das bombas. A situação voltou ao normal em São José da Tapera e região depois da visita dos técnicos da Eletrobrás que trocaram os cabos derretidos da subestação da CASAL.

“Faltou energia devido a um incêndio na subestação da CEAL. Na véspera de NATAL a CEAL veio trocar uns reguladores de tensão e lá para as 18:30 horas eles falaram que estava tudo OK. Mas, quando eu vou partir as minhas bombas, não entraram. Depois de muita insistência entrou apenas uma bomba. No dia seguinte fui mandar averiguar o que tinha acontecido no meu quadro de comando do sistema da CASAL. Quando os técnicos olharam tinha derretido os cabos de banco capacitor da gente, também devido ao aquecimento por estar forçando demais as bombas. Quero deixar bem claro que isso não tem nada a ver com a CEAL. O sistema estava operando forçado, por isso aqueceu os cabos, aqueceu tudo. O quadro de água complicou mais ainda devido a um pedido da CEAL para paralisar as bombas de seis horas da manhã até ás nove para uma manutenção” explica.

Zé Arnaldo explica ainda que a água é uma constante e totalmente diferente da energia que, quando apresentado um defeito na taboca, logo o técnico saberá onde consertar.
“Quando se trata de energia, você bate uma taboca e ela liga. A água não. Vejamos um exemplo. Está passando a água nesse cano cheio e vai direto para o ponto baixo. Vamos dizer que o pessoal enche todos os seus reservatórios e começam a lavar roupas e o nível vai baixando. Como a rede que leva a água para esse determinado local é mais baixa, toda água que chegar novamente irá encher tudo de novo. Enquanto isso, as outras ruas continuam sem água, por isso que temos que ter um controle no sistema em distribuir a água de forma gradativa. Enquanto ela não for saturada, ela não chega nos pontos altos” disse.

A falta de água em São José da Tapera era precária em determinadas rua que, mesmo com o sistema normalizado, não recebiam a água. Para conter esse problema e poder abastecer essas ruas, o gerente da CASAL teve que fazer um novo planejamento. Uma rede que liga o bairro Dez foi destinada para a Avenida Elísio Maia e Rua Padre Soares Pinto, solucionando a falta d’água.

Além dessas ruas, a situação do Povoado Caboclo é agravante e já foi palco de muitas reivindicações, inclusive com moradores fechando a AL 220 á Oeste de São José da Tapera com pneus, pedras e galhos de árvores em protestos da falta d’água.

Zé Arnaldo destaca que este problema de falta d´água do Povoado Caboclo também se deve a todo estes imprevistos que aconteceram na subestação da CASAL. E que a água esta chegando como em São José da Tapera. “Tenho relatos de moradores que falam que a água sobe até na caixa d’água de seus banheiros. Isso depois que fizemos uma manobra na rede de Senador. Estava chegando água pra todo mundo. Se eles estão reclamando é porque querem reclamar, porque em Caboclo está chegando água em todo canto. Passamos um período difícil onde Caboclo passou mais de 60 dias sem água, mas agora está chegando normalmente, exceto nesses dias por causa desses imprevistos que gerou a falta d’água também em outras localidades. Esse problema de Caboclo depende muito das adutoras de Carneiros e Senador. A rede antiga eu deixei só para Carneiros. A nova ficou com Senador e Caboclo, ” explica.


A distribuição de Água.


Através de um registro na sede é mantido um controle na liberação da água para toda a Bacia Leiteira. O registro que trabalha com a capacidade de 40 voltas (aberto) é operado com apenas 20 para ter um maior controle dos destinos da água em um monitorando 24 horas constantemente, isso independente se esteja sem faltar d’água em determinados lugares.